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13/09/2003
-
09h36
da Folha de S. Paulo
Uma delegacia da capital paulista recebe "salário" da máfia dos cigarros contrabandeados para não interferir na rota de transporte da quadrilha. Cinco policiais civis de determinada região da cidade dividem cerca de R$ 500 mil por ano do mesmo esquema criminoso, pagos em parcelas mensais, para escoltarem cargas da quadrilha.
As duas situações fazem parte de um cenário de corrupção, que envolve outras histórias semelhantes, investigado nos últimos nove meses pelo Ministério Público Federal. À frente do negócio estaria o homem acusado de ser o maior contrabandista de cigarros do país: Roberto Eleutério da Silva, o Lobão, preso na semana passada pela Polícia Federal na capital.
"É assustador e absolutamente fora de dúvida o grau de comprometimento de policiais civis de São Paulo com a criminalidade", afirma o procurador Guilherme Schelb, que coordena a investigação.
A partir de 40 mil conversas telefônicas gravadas com ordens judiciais, o Ministério Público Federal descobriu, por acaso, a suposta estrutura de apoio policial. Na capital, mais de cem policiais --entre civis, militares e federais-- estariam na folha de pagamento da máfia do cigarro. Uma "dezena" já foi identificada.
Como "funcionários fixos" ou "temporários" da quadrilha, eles tinham de atuar nas rotas de transporte --ignorando o tráfego de contrabando-- e intervir caso carregamentos fossem apreendidos por policiais de fora do esquema --que movimentaria cerca de US$ 2 milhões por semana.
Críticas
O secretário da Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, classificou de "quixotesco" o modo como foi conduzida a investigação. Em sua opinião, isso dificulta a punição dos envolvidos.
"Quando não há integração, quixotescamente, só dá mídia, não dá punição", criticou o secretário, que prometeu punir os envolvidos.
Ontem, a pasta pediu informações à Procuradoria da República no Estado sobre o envolvimento de policiais civis e militares com a máfia.
Policiais recebem salário da máfia do cigarro, diz procurador
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Uma delegacia da capital paulista recebe "salário" da máfia dos cigarros contrabandeados para não interferir na rota de transporte da quadrilha. Cinco policiais civis de determinada região da cidade dividem cerca de R$ 500 mil por ano do mesmo esquema criminoso, pagos em parcelas mensais, para escoltarem cargas da quadrilha.
As duas situações fazem parte de um cenário de corrupção, que envolve outras histórias semelhantes, investigado nos últimos nove meses pelo Ministério Público Federal. À frente do negócio estaria o homem acusado de ser o maior contrabandista de cigarros do país: Roberto Eleutério da Silva, o Lobão, preso na semana passada pela Polícia Federal na capital.
"É assustador e absolutamente fora de dúvida o grau de comprometimento de policiais civis de São Paulo com a criminalidade", afirma o procurador Guilherme Schelb, que coordena a investigação.
A partir de 40 mil conversas telefônicas gravadas com ordens judiciais, o Ministério Público Federal descobriu, por acaso, a suposta estrutura de apoio policial. Na capital, mais de cem policiais --entre civis, militares e federais-- estariam na folha de pagamento da máfia do cigarro. Uma "dezena" já foi identificada.
Como "funcionários fixos" ou "temporários" da quadrilha, eles tinham de atuar nas rotas de transporte --ignorando o tráfego de contrabando-- e intervir caso carregamentos fossem apreendidos por policiais de fora do esquema --que movimentaria cerca de US$ 2 milhões por semana.
Críticas
O secretário da Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, classificou de "quixotesco" o modo como foi conduzida a investigação. Em sua opinião, isso dificulta a punição dos envolvidos.
"Quando não há integração, quixotescamente, só dá mídia, não dá punição", criticou o secretário, que prometeu punir os envolvidos.
Ontem, a pasta pediu informações à Procuradoria da República no Estado sobre o envolvimento de policiais civis e militares com a máfia.
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