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14/09/2003 - 09h18

Favelados crescem 12% em um ano em Ribeirão Preto

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MARCELO TOLEDO
da Folha Ribeirão

Em menos de um ano, o total de famílias morando em favelas de Ribeirão Preto cresceu 11,74%, segundo levantamento da Secretaria Municipal da Cidadania.
No total, há 2.827 barracos nos 30 núcleos de favela da cidade, contra 2.530 registrados pela secretaria em novembro de 2002. A estimativa é que 10.415 pessoas habitam atualmente as favelas. Ribeirão tem uma população de cerca de 505 mil habitantes.

O programa de desfavelamento da Prefeitura de Ribeirão Preto, lançado ainda na gestão do ex-prefeito e atual ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho (PT), está parado, por falta de recursos.

No levantamento do ano passado, obtido pela Folha em novembro, foram registrados 27 núcleos de favela, contra os 30 atuais --a administração alega que alguns deles foram desmembrados. Pelo menos 20 núcleos estão situados na zona norte da cidade.

A maior favela de Ribeirão Preto, em número de barracos, é a da avenida Magid Simão Trad, no Simioni, que existe há 17 anos, com 287 barracos e população estimada em 1.148 pessoas. Já o menor núcleo é o da favela Santa Helena, no Parque Industrial, com nove barracos.

"Temos dois tipos de ocupação: o externo, que é aquele que engloba as pessoas que vieram de outras cidades para Ribeirão, e o interno, que ocorre por causa da situação financeira. A pessoa não aguenta pagar mais aluguel e vai para as favelas. O total aumentou sim", disse o secretário da Cidadania de Ribeirão, Jorge Parada.

O cálculo da secretaria exclui os cerca de 12 mil moradores do Jardim Progresso, que faziam parte da conta da secretaria na administração do tucano Luiz Roberto Jábali (1997-2000).

Saneamento

A falta de saneamento básico predomina nas favelas. Os dados da Secretaria da Cidadania apontam que os moradores das favelas de Ribeirão vivem em condições bem precárias.

A Folha encontrou na favela do Simioni 1 uma família de seis pessoas que mora em um único cômodo. "Se ganhasse uma casa, seria a maior vitória da minha vida, que não vai ser longa", afirmou a dona-de-casa Cecília da Silva, 85.
"As favelas têm densidade demográfica alta, já que as pessoas vivem confinadas. Isso facilita a transmissão de doenças respiratórias", afirmou o sanitarista Amaury Lelis Dal Fabbro, da USP (Universidade de São Paulo).

Além da energia elétrica clandestina, o que predomina nos núcleos é a presença de rede irregular de água --em 15 núcleos, as ligações são clandestinas, enquanto em outras duas (Anhanguera 1 e 2) nem rede de água há.

Somente duas favelas --a da Mata e a Leão & Leão-- estão localizadas em áreas particulares. Todas as outras pertencem à prefeitura ou ao governo do Estado.
 

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