Publicidade
Publicidade
18/09/2003
-
04h13
ALESSANDRO SILVA
da Folha de S.Paulo
A Justiça Federal libertou ontem à noite o delegado da Polícia Federal Alexandre Morato Crenite, que estava preso havia dez dias em São Paulo, acusado de integrar o esquema de proteção do empresário Ari Natalino da Silva, dono da Petroforte, investigado por adulteração de combustível, formação de quadrilha e sonegação fiscal, entre outros crimes.
O policial teve a prisão temporária decretada a pedido do Ministério Público Federal, por causa de uma série de grampos telefônicos. Em um dos diálogos gravados, segundo a Procuradoria da República, o ex-advogado de Silva, Wellengton Campos, e a mulher do empresário, Débora Aparecida Gonçalves, conversam sobre valores que teriam sido pagos a Crenite para "segurar provas" e "trabalhar a liberdade" de Silva.
Na época, o delegado, que hoje está na Corregedoria da PF em São Paulo, trabalhava na delegacia de crime organizado e investigava o dono da Petroforte.
Ontem, o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal da capital, negou o pedido de prisão preventiva contra Crenite, apresentado pelo Ministério Público Federal com a denúncia. A Procuradoria da República acusou formalmente o policial de crime de corrupção, violação de sigilo profissional e favorecimento.
O advogado, a mulher do empresário e o dono da Petroforte foram incluídos na denúncia, mas não houve pedido de prisão.
A Folha não conseguiu falar com o juiz ontem à noite, em seu gabinete, para saber se ele havia aceitado a denúncia do Ministério Público e por que havia recusado o pedido de prisão preventiva contra o delegado.
A reportagem apurou que a acusação não teria sido aceita por insuficiência de provas.
O pedido de prisão temporária, que era de cinco dias, foi renovado uma vez, na última sexta-feira, pelo juiz da 7ª Vara Criminal.
Segundo a assessoria da Polícia Federal, a ordem de soltura chegou por fax, no início da noite, e o policial foi liberado. Hoje, ele deve retornar à sua função na Corregedoria da instituição.
As interceptações telefônicas contra o delegado saíram da mesma investigação em que policiais civis paulistas apareceriam ligados a grupos criminosos. A apuração foi feita pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal, com ordens judiciais.
Ontem, a Procuradoria da República de São Paulo informou que o dono da Petroforte, após ser colocado em liberdade por força de habeas corpus do TRF-SP, desapareceu. Ele pode ter deixado o país, segundo procuradores.
Delegado federal deixa prisão após 10 dias
Publicidade
da Folha de S.Paulo
A Justiça Federal libertou ontem à noite o delegado da Polícia Federal Alexandre Morato Crenite, que estava preso havia dez dias em São Paulo, acusado de integrar o esquema de proteção do empresário Ari Natalino da Silva, dono da Petroforte, investigado por adulteração de combustível, formação de quadrilha e sonegação fiscal, entre outros crimes.
O policial teve a prisão temporária decretada a pedido do Ministério Público Federal, por causa de uma série de grampos telefônicos. Em um dos diálogos gravados, segundo a Procuradoria da República, o ex-advogado de Silva, Wellengton Campos, e a mulher do empresário, Débora Aparecida Gonçalves, conversam sobre valores que teriam sido pagos a Crenite para "segurar provas" e "trabalhar a liberdade" de Silva.
Na época, o delegado, que hoje está na Corregedoria da PF em São Paulo, trabalhava na delegacia de crime organizado e investigava o dono da Petroforte.
Ontem, o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal da capital, negou o pedido de prisão preventiva contra Crenite, apresentado pelo Ministério Público Federal com a denúncia. A Procuradoria da República acusou formalmente o policial de crime de corrupção, violação de sigilo profissional e favorecimento.
O advogado, a mulher do empresário e o dono da Petroforte foram incluídos na denúncia, mas não houve pedido de prisão.
A Folha não conseguiu falar com o juiz ontem à noite, em seu gabinete, para saber se ele havia aceitado a denúncia do Ministério Público e por que havia recusado o pedido de prisão preventiva contra o delegado.
A reportagem apurou que a acusação não teria sido aceita por insuficiência de provas.
O pedido de prisão temporária, que era de cinco dias, foi renovado uma vez, na última sexta-feira, pelo juiz da 7ª Vara Criminal.
Segundo a assessoria da Polícia Federal, a ordem de soltura chegou por fax, no início da noite, e o policial foi liberado. Hoje, ele deve retornar à sua função na Corregedoria da instituição.
As interceptações telefônicas contra o delegado saíram da mesma investigação em que policiais civis paulistas apareceriam ligados a grupos criminosos. A apuração foi feita pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal, com ordens judiciais.
Ontem, a Procuradoria da República de São Paulo informou que o dono da Petroforte, após ser colocado em liberdade por força de habeas corpus do TRF-SP, desapareceu. Ele pode ter deixado o país, segundo procuradores.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice