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19/09/2003
-
03h29
SERGIO TORRES
da Folha de S.Paulo, no Rio
A invasão por asas-delta do espaço aéreo ocupado por aviões da ponte Rio-São Paulo sobre a baía de Guanabara levou o DAC (Departamento de Aviação Civil) a interditar as rampas de saltos do morro da Viração, em Niterói (cidade a 15 km do Rio).
Em pelo menos duas ocasiões nos últimos meses, asas-delta ficaram acima de aviões que, saídos de São Paulo, iniciavam os procedimentos de pouso no Aeroporto Santos Dumont (centro do Rio).
O morro da Viração é usado para os saltos desde a década de 70. As duas rampas de concreto utilizadas para os saltos ficam a 270 m acima do nível do mar.
Pelas normas do DAC, o piloto que salta das rampas da Viração pode ir a até 300 m de altitude. A determinação não vinha sendo respeitada. Como não há fiscalização por parte do DAC e dos dois clubes de esportistas da cidade, as asas-delta estavam subindo a até 1.000 m, invadindo a rota dos aviões da ponte aérea.
Em abril, o piloto Javert Garcia, presidente do COVL (Clube Oceânico de Vôo Livre), realizou um vôo ousado sobre a baía. Na ocasião, pelo menos dois aviões da ponte aérea ficaram abaixo da asa-delta que ele conduzia.
O relato do vôo foi feito pelo próprio Garcia em uma lista na internet frequentada por adeptos de vôo livre. Em julho, a ABVL (Associação Brasileira de Vôo Livre) puniu o piloto, suspendendo-o por dois meses. A Folha não conseguiu ouvir Garcia.
A ABVL ainda tenta identificar o piloto que, em julho, sobrevoou a ponte Rio-Niterói, rota de aproximação dos aviões da ponte aérea. Também nesse caso a asa-delta ficou acima dos aviões.
O DAC decidiu interditar as rampas no final de julho. Além da ameaça ao tráfego aéreo do Santos Dumont, o clube de esportistas NPC, responsável pelas rampas, não estava credenciado no órgão. O clube não fiscalizava a decolagem e os vôos.
Para piorar a situação, o NPC e o COVL estão em litígio. Equipamentos instalados pelos clubes, como postes de birutas e placas, têm sido destruídos.
DAC fecha rampas de asa-delta no Rio
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A invasão por asas-delta do espaço aéreo ocupado por aviões da ponte Rio-São Paulo sobre a baía de Guanabara levou o DAC (Departamento de Aviação Civil) a interditar as rampas de saltos do morro da Viração, em Niterói (cidade a 15 km do Rio).
Em pelo menos duas ocasiões nos últimos meses, asas-delta ficaram acima de aviões que, saídos de São Paulo, iniciavam os procedimentos de pouso no Aeroporto Santos Dumont (centro do Rio).
O morro da Viração é usado para os saltos desde a década de 70. As duas rampas de concreto utilizadas para os saltos ficam a 270 m acima do nível do mar.
Pelas normas do DAC, o piloto que salta das rampas da Viração pode ir a até 300 m de altitude. A determinação não vinha sendo respeitada. Como não há fiscalização por parte do DAC e dos dois clubes de esportistas da cidade, as asas-delta estavam subindo a até 1.000 m, invadindo a rota dos aviões da ponte aérea.
Em abril, o piloto Javert Garcia, presidente do COVL (Clube Oceânico de Vôo Livre), realizou um vôo ousado sobre a baía. Na ocasião, pelo menos dois aviões da ponte aérea ficaram abaixo da asa-delta que ele conduzia.
O relato do vôo foi feito pelo próprio Garcia em uma lista na internet frequentada por adeptos de vôo livre. Em julho, a ABVL (Associação Brasileira de Vôo Livre) puniu o piloto, suspendendo-o por dois meses. A Folha não conseguiu ouvir Garcia.
A ABVL ainda tenta identificar o piloto que, em julho, sobrevoou a ponte Rio-Niterói, rota de aproximação dos aviões da ponte aérea. Também nesse caso a asa-delta ficou acima dos aviões.
O DAC decidiu interditar as rampas no final de julho. Além da ameaça ao tráfego aéreo do Santos Dumont, o clube de esportistas NPC, responsável pelas rampas, não estava credenciado no órgão. O clube não fiscalizava a decolagem e os vôos.
Para piorar a situação, o NPC e o COVL estão em litígio. Equipamentos instalados pelos clubes, como postes de birutas e placas, têm sido destruídos.
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