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19/09/2003 - 21h46

Mãe de Marcinho VP pede indenização ao Estado pela morte do filho

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MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo, no Rio

Josefa Amaro da Silva Oliveira, mãe do traficante Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP, entrou com uma ação na 4ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio pedindo uma indenização ao governo estadual pela morte do filho.

Oliveira foi encontrado morto dentro de uma lixeira do presídio Bangu 3 (zona oeste), no dia 28 de julho. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal, o traficante morreu por asfixia. No corpo, não havia marcas de luta. Ele tinha 33 anos.

A ação foi entregue no último dia 3. Nela, a mãe de Marcinho VP pede indenização por danos morais e pensão vitalícia e acusa a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária de omissão.

Preso em 2000, Marcinho VP cumpria pena de 42 anos de prisão por tráfico de drogas.

A assessoria de imprensa do Tribunal informou que ainda não há previsão para o julgamento da ação.

O subsecretário de Administração Penitenciária, Aldney Peixoto, afirmou que "tem que ficar devidamente provado que ouve omissão do Estado" na morte do traficante.

Investigações

A polícia ainda não concluiu as investigações sobre a morte do traficante, que ficou conhecido por negociar com o cineasta norte-americano Spike Lee a filmagem de um videoclipe do cantor Michael Jackson na favela Dona Marta (Botafogo, zona sul), em 1996.

Posteriormente, deixou a favela e passou a receber uma mesada do cineasta João Moreira Salles para escrever sua autobiografia, com a promessa de que abandonaria o tráfico.

O delegado responsável pelo inquérito, Nerval Goulart, da 34ª Delegacia de Polícia (Bangu), disse suspeitar que Marcinho VP foi morto devido a uma briga com outros presos. O detento Luiz Guilherme Soares de Araújo, que está em Bangu 3, foi o único indiciado até agora por suposta participação no crime.

A polícia não descartou a possibilidade de o traficante ter sido morto por suas declarações ao livro "Abusado", do jornalista Caco Barcellos, que conta o dia-a-dia do tráfico no Dona Marta. O livro teria desagrado à cúpula da facção criminosa Comando Vermelho, à qual Marcinho VP era vinculado.

A participação de agentes penitenciários no episódio também está sendo 0investigada.

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