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20/09/2003
-
17h30
da Folha de S.Paulo
"Todos estão de olho em você. Na escola, se o branco tira 10, você tem que tirar 11." A advogada Haidée Alexandre, 45, negra, nasceu e mora no bairro Planalto Paulista, em área limite com Moema, o distrito com a menor concentração de negros na capital paulista. Na adolescência, seus colegas de escola eram brancos. "Você é vista por eles como amiga, mas não como namorada."
Divorciada, com duas filhas, uma com 17 e outra com 21 anos, ela diz que não vê muitas mudanças com relação à sua juventude.
"Estão sempre de olho em você, principalmente no trabalho. O pior racismo é aqui, e não nos EUA, onde é declarado." Ela não quer se mudar. "Sinto-me mais segura aqui do que na periferia."
Célia Maria Machado, 51, casada, branca, desempregada, mora em Cidade Tiradentes (50% da população negra) há 20 anos. Muitas vezes ela sente discriminação. "É porque sou branca, é porque sou gorda. Magros também discriminam."
Ela se tornou uma agente multiplicadora de cidadania, em curso da ONG Geledés, em que 80% da turma era composta por negras. Ela diz relacionar-se bem com a família de sua nora, uma jovem negra.
"Se o branco tira 10, você tem que tirar 11", diz advogada
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"Todos estão de olho em você. Na escola, se o branco tira 10, você tem que tirar 11." A advogada Haidée Alexandre, 45, negra, nasceu e mora no bairro Planalto Paulista, em área limite com Moema, o distrito com a menor concentração de negros na capital paulista. Na adolescência, seus colegas de escola eram brancos. "Você é vista por eles como amiga, mas não como namorada."
Divorciada, com duas filhas, uma com 17 e outra com 21 anos, ela diz que não vê muitas mudanças com relação à sua juventude.
"Estão sempre de olho em você, principalmente no trabalho. O pior racismo é aqui, e não nos EUA, onde é declarado." Ela não quer se mudar. "Sinto-me mais segura aqui do que na periferia."
Célia Maria Machado, 51, casada, branca, desempregada, mora em Cidade Tiradentes (50% da população negra) há 20 anos. Muitas vezes ela sente discriminação. "É porque sou branca, é porque sou gorda. Magros também discriminam."
Ela se tornou uma agente multiplicadora de cidadania, em curso da ONG Geledés, em que 80% da turma era composta por negras. Ela diz relacionar-se bem com a família de sua nora, uma jovem negra.
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