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22/09/2003 - 23h02

Polícia procura suspeito de assassinar chileno no Guarujá (SP)

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FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

A polícia do Guarujá (SP) ainda procura um adolescente de 15 anos acusado de ter efetuado o disparo que matou o técnico em informática chileno Waldo Arturo Ugalde Erazo, 51, atingido durante uma suposta tentativa de assalto na rua que leva o nome de seu país.

Erazo estava desde junho em São Paulo, a serviço da Altec, empresa responsável por desenvolver sistemas de gerenciamento de informação para as unidades do banco Santander na América Latina.

Em companhia das duas filhas, ele passou o final de semana no Guarujá, no apartamento de um amigo, na praia da Enseada. A mulher estava em Santiago, capital do Chile, onde vive a família.

Por volta das 16h de domingo, Erazo e as filhas, Luretta, 15, e Paula, 24, voltavam da praia quando foram abordados na rua Chile por três adolescentes, um dos quais armado com um revólver.

Sem compreender o que os rapazes diziam, mas assustados com o tom ameaçador empregado por eles, pai e filhas teriam tentado fugir, segundo informou a polícia. Perseguido por alguns metros, o chileno tombou ao receber um tiro. Os adolescentes fugiram sem levar nada.

Acusados

Luretta e Paula apontaram no álbum da Delegacia Sede do Guarujá as fotos dos integrantes do trio. Posteriormente, fizeram o reconhecimento formal de V.A.A., 14, e E.S.O., 15, capturados horas depois enquanto jogavam futebol em uma quadra no bairro Vila Zilda, na periferia da cidade (87 km a sudeste de São Paulo). De acordo com o delegado titular do Guarujá, Milson Sérgio Calves, eles confessaram a participação no crime.

Calves afirmou que, "sem sombra de dúvidas", o autor do disparo é o adolescente de 15 anos apelidado de Catatau. Segundo ele, embora as buscas continuassem, familiares do rapaz procuraram a delegacia prometendo apresentá-lo à tarde, o que não tinha acontecido até as 18h.

O delegado disse que os três são bastante conhecidos dos policiais locais devido ao histórico de pelo menos sete passagens pela delegacia, acusados de roubo e porte ilegal de arma.

As filhas do chileno, que saíram da delegacia na noite de domingo escondendo o rosto e sem conceder entrevistas, já deixaram o Brasil, segundo informou nota divulgada pela assessoria do banco Santander Banespa.

Por várias vezes, a Agência Folha tentou contato por telefone na manhã e na tarde de hoje com o cônsul geral do Chile em São Paulo, Mauricio Ugalde, mas ele não atendeu à reportagem.

Até o início da noite, o corpo de Erazo permanecia no IML (Instituto Médico Legal) do Guarujá. Na quarta-feira, deverá ser levado de avião para Santiago, onde será sepultado.

O chileno trabalhava temporariamente em São Paulo. O visto de trabalho, emitido no dia 1º de julho a pedido do Banespa (Banco do Estado de São Paulo S.A, de propriedade do grupo espanhol Santander), tinha prazo de validade até o próximo dia 30.

Assassinatos

Para o delegado Calves, são incomuns assassinatos de turistas no Guarujá. Segundo ele, a morte do chileno foi a única na qual um turista foi vítima nos últimos quatro anos. Segundo as estatísticas criminais da Secretaria Estadual da Segurança Pública, a quantidade de homicídios dolosos no Guarujá praticamente não teve variação entre 2001 (157 casos) e 2002 (156). No período, cresceram as ocorrências de furto e diminuíram as de roubo e de furto e roubo de veículos.

No primeiro semestre deste ano, porém, a criminalidade no município se acentuou em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a junho, a menor taxa de crescimento foi a dos homicídios (18,46%) e a maior, a do furto e roubo de veículos (100%).

Colaborou JOSÉ EDUARDO RONDON, da Agência Folha

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