Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/09/2003 - 10h04

Ônibus com passageiros sofre atentado no interior de SP

Publicidade

ANA PAULA MARGARIDO
da Folha de S.Paulo, em Campinas

Um ônibus que levava seis passageiros, além do motorista e do cobrador, foi incendiado na noite da última terça-feira (23) na rodovia SP-101, em Monte Mor (120 km a noroeste de São Paulo). O atentado contra o veículo da Viação Boa Vista, que integra o transporte intermunicipal na região de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), ocorreu a uma semana da fiscalização das peruas clandestinas do sistema Operador Coletivo (Orca).

Embora não tenham se ferido, a ação colocou em pânico os passageiros, o cobrador e o motorista da empresa, que estavam no interior do veículo quando o ônibus começou a pegar fogo. Os autores da ação teriam jogado combustível também nos passageiros, segundo a Polícia Civil.

Este foi o quinto ônibus do transporte intermunicipal a ser incendiado na região em menos de um mês. Os supostos atentados começaram a ocorrer depois de a EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano de São Paulo S.A.) ter anunciado que tiraria de circulação os perueiros que não tivessem sido selecionados para atuar no Orca.

O delegado Elias Kobayashi, de Monte Mor, abriu ontem inquérito policial para apurar o incêndio. De acordo com ele, há indícios de envolvimento de perueiros descontentes com o Orca.

"Estão sendo registrados incêndios em ônibus do transporte intermunicipal em outras cidades e a maneira como eles ocorreram é muito semelhante", declarou.

O presidente do STA (Sindicato do Transporte Alternativo de Campinas e Região), Rubens Pires, negou a possibilidade de envolvimento da categoria no caso.

Segundo o gerente de operações da Viação Boa Vista, José Bernardo Pinto, o prejuízo com os incêndios já soma R$ 240 mil.

Dois homens, que aguardavam no ponto de ônibus, fizeram sinal para que o veículo parasse, fingindo ser passageiros normais. Conforme a polícia, ao entrar no ônibus, que tinha saído da rodoviária de Monte Mor em direção a Campinas, vestiram capuzes, apontaram armas e jogaram combustível no veículo e sobre os passageiros.

Os primeiros incêndios fizeram com que a empresa metropolitana adiasse para outubro o início das fiscalizações.

A EMTU informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não descarta adiar mais uma vez o processo de fiscalização.

Na semana passada, representantes da categoria fizeram um protesto durante a passagem do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por Campinas.

A categoria pediu o adiamento do início das fiscalizações até o termino da revisão dos recursos e agilidade nas conversações com prefeitos das 19 cidades da RMC (região metropolitana de Campinas) para ampliar o sistema, hoje restrito a cinco cidades.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página