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01/10/2003
-
21h54
ADRIANA CHAVES
da Agência Folha
A Polícia Civil de Goiás desarticulou um megaesquema de distribuição de drogas funcionando dentro da Agência Goiana do Sistema Penitenciário, em Aparecida de Goiânia.
Dezoito pessoas --entre elas 16 detentos-- foram autuadas em flagrante no final da tarde de ontem por formação de quadrilha e tráfico de drogas.
Os entorpecentes, principalmente pasta de cocaína, eram trazidos da Bolívia para serem distribuídos dentro do complexo penitenciário e fora do sistema prisional, por quadrilhas que teriam ramificações em outros Estados, segundo a polícia.
De acordo com o delegado-geral de Aparecida de Goiânia, Álvaro Cássio dos Santos, os presos Douglas de Souza e Josezuel Batista dos Santos, conhecido como Boca, compravam e vendiam a droga usando celulares e telefones públicos instalados no complexo prisional. Os dois negaram envolvimento no caso.
Além dos dois detentos, outros cinco do Núcleo de Custódia fariam parte do esquema. Nove presos da penitenciária Odenir Guimarães também foram acusados de pertencer ao bando. A polícia não soube informar o volume de droga comercializada diariamente.
A operação policial também prendeu ontem Simone Conceição, supostamente encarregada pela distribuição da droga e que foi encontrada com quatro quilos de cocaína, e o motoboy Edivaldo Santos dos Anjos, suspeito de fazer o transporte dos entorpecentes.
Levados ao 1º Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) de Aparecida de Goiânia, os dois prestaram depoimento e aguardarão julgamento na carceragem da unidade. Os advogados de ambos não foram localizados pela reportagem.
"Eles não tiveram como negar a participação. Agora, investigaremos as outras ligações da quadrilha. Há pelo menos 20 outros envolvidos, mas só conseguimos identificar alguns porque a maioria usa apelidos", disse o delegado Santos.
As investigações sobre o caso começaram há cerca de 40 dias, quando o delegado Edemundo Dias de Oliveira assumiu a presidência da Agência Goiana do Sistema Penitenciário.
O complexo penitenciário integra cinco unidades prisionais, entre elas o Núcleo de Custódia, com 76 detentos, e a Penitenciária Odenir Guimarães, com 1.284 internos.
Outros casos
Esse não foi primeiro episódio ocorrido no complexo. No mês passado, o advogado da agência, Wandencolck de Pitaluga Júnior, foi acusado de extorsão e favorecimento de presos do Centro Penitenciário.
Três meses antes, havia sido descoberta uma fraude no alvará de soltura do empresário paranaense Robson Rangel, acusado de liderar uma quadrilha de adulteração de combustíveis em Goiás. O Ministério Público instaurou sindicância.
Em dezembro de 2001, o então diretor do Centro de Prisão Provisória, Ronaldo Alexandre, foi afastado sob acusação de facilitar saídas do preso Orlando Marques da Silva. Ele continua sob investigação.
Desarticulada em presídio de GO rede de distribuição de drogas
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da Agência Folha
A Polícia Civil de Goiás desarticulou um megaesquema de distribuição de drogas funcionando dentro da Agência Goiana do Sistema Penitenciário, em Aparecida de Goiânia.
Dezoito pessoas --entre elas 16 detentos-- foram autuadas em flagrante no final da tarde de ontem por formação de quadrilha e tráfico de drogas.
Os entorpecentes, principalmente pasta de cocaína, eram trazidos da Bolívia para serem distribuídos dentro do complexo penitenciário e fora do sistema prisional, por quadrilhas que teriam ramificações em outros Estados, segundo a polícia.
De acordo com o delegado-geral de Aparecida de Goiânia, Álvaro Cássio dos Santos, os presos Douglas de Souza e Josezuel Batista dos Santos, conhecido como Boca, compravam e vendiam a droga usando celulares e telefones públicos instalados no complexo prisional. Os dois negaram envolvimento no caso.
Além dos dois detentos, outros cinco do Núcleo de Custódia fariam parte do esquema. Nove presos da penitenciária Odenir Guimarães também foram acusados de pertencer ao bando. A polícia não soube informar o volume de droga comercializada diariamente.
A operação policial também prendeu ontem Simone Conceição, supostamente encarregada pela distribuição da droga e que foi encontrada com quatro quilos de cocaína, e o motoboy Edivaldo Santos dos Anjos, suspeito de fazer o transporte dos entorpecentes.
Levados ao 1º Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) de Aparecida de Goiânia, os dois prestaram depoimento e aguardarão julgamento na carceragem da unidade. Os advogados de ambos não foram localizados pela reportagem.
"Eles não tiveram como negar a participação. Agora, investigaremos as outras ligações da quadrilha. Há pelo menos 20 outros envolvidos, mas só conseguimos identificar alguns porque a maioria usa apelidos", disse o delegado Santos.
As investigações sobre o caso começaram há cerca de 40 dias, quando o delegado Edemundo Dias de Oliveira assumiu a presidência da Agência Goiana do Sistema Penitenciário.
O complexo penitenciário integra cinco unidades prisionais, entre elas o Núcleo de Custódia, com 76 detentos, e a Penitenciária Odenir Guimarães, com 1.284 internos.
Outros casos
Esse não foi primeiro episódio ocorrido no complexo. No mês passado, o advogado da agência, Wandencolck de Pitaluga Júnior, foi acusado de extorsão e favorecimento de presos do Centro Penitenciário.
Três meses antes, havia sido descoberta uma fraude no alvará de soltura do empresário paranaense Robson Rangel, acusado de liderar uma quadrilha de adulteração de combustíveis em Goiás. O Ministério Público instaurou sindicância.
Em dezembro de 2001, o então diretor do Centro de Prisão Provisória, Ronaldo Alexandre, foi afastado sob acusação de facilitar saídas do preso Orlando Marques da Silva. Ele continua sob investigação.
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