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03/10/2003
-
21h01
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
Relatora da CPI que investiga uma rede de exploração sexual contra crianças no país, a deputada Maria do Rosário Nunes, 36, (PT-RS), disse ontem à noite que três adolescentes vítimas da prostituição ouvidas em Campo Grande (MS) citaram como seus clientes o ex-campeão mundial de atletismo Zequinha Barbosa, 42, e o assessor dele Luiz Otávio Flores.
As meninas também confirmaram, segundo a deputada, que sofreram exploração sexual dos vereadores de Campo Grande César Disney, 43, (PT) e Robson Martins, 40, (PSDB). Os dois são acusados de estupro, atentado violento ao pudor e abuso sexual contra as adolescentes.
Zequinha é investigado no mesmo inquérito policial que apura o envolvimento dos vereadores na rede de prostituição.
Maria do Rosário e a presidente da CPI, a senadora Patrícia Saboya (PPS-CE), ouviram ontem em Campo Grande as adolescentes D.N.M., 13, R.S., 14 e E.C., 15. As três estão numa casa de abrigo.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, a adolescente D.N.M. mantinha relação sexual com Disney desde os 10 anos de idade. Maria do Rosário afirmou que a menina diz ter sido oferecida pela mãe ao vereador.
"Acho muito difícil que elas estejam mentindo para prejudicar alguém", disse Saboya sobre o depoimento das adolescentes. "A nossa convicção é de acreditarmos nelas. Tudo indica para o envolvimento dessas pessoas na exploração de crianças." Segundo ela, as meninas recebiam de R$ 40 a R$ 80 para manter relações sexuais com os vereadores.
Outro lado
O advogado Abadio Rezende, que defende Zequinha, disse à Agência Folha que o ex-atleta manteve contato com a família de D.N.M. a pedido de Flores, o seu assessor em Campo Grande.
Segundo Rezende, Flores "estava interessado" na adolescente e pediu a Zequinha para fazer uma visita à família dela para discutir a inclusão em um programa social.
Segundo a deputada Maria do Rosário, as adolescentes confirmam que conheceram Zequinha por intermédio de Flores.
Ainda segundo o advogado, o ex-atleta manteve apenas uma conversa rápida e orientou a família a procurar ajuda do governo do Estado. Esse teria sido o único envolvimento de Zequinha.
Responsável pela defesa de Flores, o advogado Rui Lacerda disse que o assessor de Zequinha só deve falar em juízo e que o inquérito policial corre em segredo de Justiça. Flores justificou ontem sua ausência na CPI devido a uma viagem.
Os dois vereadores afirmaram ontem à noite em depoimento na CPI que são inocentes.
Disney afirmou que nunca teve relações sexuais com as adolescentes. Elas souberam informar à polícia o dia e a hora em que ele estava em um motel, o que foi consumido no quarto e o valor pago pelas despesas. Segundo o vereador, ele contou esses detalhes para a mãe de uma das meninas. Martins reafirmou que nunca foi a motel com as adolescentes.
Meninas citam Zequinha Barbosa em investigação sobre prostituição
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da Agência Folha, em Campo Grande
Relatora da CPI que investiga uma rede de exploração sexual contra crianças no país, a deputada Maria do Rosário Nunes, 36, (PT-RS), disse ontem à noite que três adolescentes vítimas da prostituição ouvidas em Campo Grande (MS) citaram como seus clientes o ex-campeão mundial de atletismo Zequinha Barbosa, 42, e o assessor dele Luiz Otávio Flores.
As meninas também confirmaram, segundo a deputada, que sofreram exploração sexual dos vereadores de Campo Grande César Disney, 43, (PT) e Robson Martins, 40, (PSDB). Os dois são acusados de estupro, atentado violento ao pudor e abuso sexual contra as adolescentes.
Zequinha é investigado no mesmo inquérito policial que apura o envolvimento dos vereadores na rede de prostituição.
Maria do Rosário e a presidente da CPI, a senadora Patrícia Saboya (PPS-CE), ouviram ontem em Campo Grande as adolescentes D.N.M., 13, R.S., 14 e E.C., 15. As três estão numa casa de abrigo.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, a adolescente D.N.M. mantinha relação sexual com Disney desde os 10 anos de idade. Maria do Rosário afirmou que a menina diz ter sido oferecida pela mãe ao vereador.
"Acho muito difícil que elas estejam mentindo para prejudicar alguém", disse Saboya sobre o depoimento das adolescentes. "A nossa convicção é de acreditarmos nelas. Tudo indica para o envolvimento dessas pessoas na exploração de crianças." Segundo ela, as meninas recebiam de R$ 40 a R$ 80 para manter relações sexuais com os vereadores.
Outro lado
O advogado Abadio Rezende, que defende Zequinha, disse à Agência Folha que o ex-atleta manteve contato com a família de D.N.M. a pedido de Flores, o seu assessor em Campo Grande.
Segundo Rezende, Flores "estava interessado" na adolescente e pediu a Zequinha para fazer uma visita à família dela para discutir a inclusão em um programa social.
Segundo a deputada Maria do Rosário, as adolescentes confirmam que conheceram Zequinha por intermédio de Flores.
Ainda segundo o advogado, o ex-atleta manteve apenas uma conversa rápida e orientou a família a procurar ajuda do governo do Estado. Esse teria sido o único envolvimento de Zequinha.
Responsável pela defesa de Flores, o advogado Rui Lacerda disse que o assessor de Zequinha só deve falar em juízo e que o inquérito policial corre em segredo de Justiça. Flores justificou ontem sua ausência na CPI devido a uma viagem.
Os dois vereadores afirmaram ontem à noite em depoimento na CPI que são inocentes.
Disney afirmou que nunca teve relações sexuais com as adolescentes. Elas souberam informar à polícia o dia e a hora em que ele estava em um motel, o que foi consumido no quarto e o valor pago pelas despesas. Segundo o vereador, ele contou esses detalhes para a mãe de uma das meninas. Martins reafirmou que nunca foi a motel com as adolescentes.
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