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06/10/2003 - 09h40

Manutenção falha causa acidente em ferrovia na região de Campinas

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ANA PAULA MARGARIDO
da Folha de S.Paulo, em Campinas

A falta de conservação da malha viária e dos vagões é responsável por um terço dos acidentes ocorridos nos trechos da Ferroban (Brasil Ferrovias) e da MRS-Logística, concessionárias do sistema ferroviário que cortam cidades da região de Campinas (95 km de SP).

Desde o início das concessões, em janeiro de 1996, as duas concessionárias registraram juntas 1.509 acidentes na região. Desse total, 551 tiveram a precariedade da manutenção de trilhos e de vagões como motivo, conforme dados da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

As duas concessionárias informaram que reduziram os acidentes nas ferrovias sob concessão em 50%. As empresas são responsáveis por 5,1 mil quilômetros de ferrovias e possuem 12 mil vagões. Na região, só é feito o transporte de cargas por meio de ferrovias.

Descarrilamento

Só na região de Campinas foram registrados nos últimos 30 dias cinco acidentes. No último, ocorrido em 10 de setembro, o descarrilamento de vagões impôs a interdição de 66 casas, em Hortolândia, trecho da Ferroban.

Há um mês, outro descarrilamento de dez vagões carregados com bauxita, em Jundiaí, no trecho da Ferroban, causou a morte de um adolescente. O caso é investigado pela ANTT. O trecho entre Jundiaí e Campinas, área de concessão da Ferroban inspecionada pela ANTT, desrespeita normas como dormentes e vagões com o uso máximo de dez anos.

Por esse motivo, a concessionária foi multada pela Superintendência de Serviços de Transporte de Cargas em R$ 699,4 mil.

Multas

Segundo o superintendente de Serviços de Transporte Ferroviário, Hilário Leonardo Pereira Filho, 53, desde que a ANTT começou a funcionar, em 2002, já foram aplicadas 50 multas, no total de R$ 7,3 milhões. Na maioria dos casos, as multas estão relacionadas a problemas nos trilhos, material rodante e falta de segurança.

As multas ainda estão em fase de contestação. "A malha ferroviária sofreu com a falta de investimentos. A Ferroban, no processos de desestatização, foi a empresa que pegou o trecho mais deteriorado", disse Pereira Filho.

O número de acidentes diminuiu desde o início da concessão e a variação entre a meta imposta pelo Ministério dos Transportes e a realizada pelas concessionárias caiu.
 

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