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09/10/2003
-
21h48
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
O secretário da Segurança Pública da Bahia, general Édson Sá Rocha, anunciou a nomeação de um delegado especial para investigar as causas do assassinato do mecânico Gérson Jesus Bispo, em Santo Antonio de Jesus.
Ele havia prestado depoimento à relatora especial sobre execuções sumárias da ONU (Organização das Nações Unidas), Asma Jahangir, no último dia 20. Bispo investigava a morte do irmão e de um amigo e havia denunciado a existência de um grupo de extermínio formado por policiais militares.
"Vamos realizar uma investigação rigorosa", disse o general. Para apurar "toda a verdade", Rocha convidou também representantes do Ministério Público, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, de organizações não-governamentais ligadas aos direitos humanos, além de familiares da vítima.
"Investigadores que não trabalham na área do município também serão escalados para desvendar o caso."
Segundo o secretário, por enquanto, "não existe nenhuma relação entre os grupos de extermínio e o assassinato do mecânico". "Nossa investigação preliminar revela que o crime foi motivado por vingança."
Intervenção
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia, Yulo Oiticica (PT), 39, disse que vai encaminhar ao secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, um pedido de intervenção federal na Bahia.
"Não podemos aceitar que testemunhas de crimes continuem sendo executadas", disse o parlamentar. Segundo o deputado petista, se a intervenção na Bahia não for decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "as testemunhas não devem mais colaborar com a polícia".
De acordo com Oiticica, a Bahia ocupa o quinto lugar em casos de execuções no Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Rondônia.
"Nos últimos dez anos, o número de denúncias encaminhadas à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia cresceu quase 300%", acrescentou. No ano passado, segundo o deputado baiano, foram registrados 302 casos de execuções no Estado.
Falta de segurança
O secretário Fernando Vita (Comunicação) disse, nesta noite, que não havia nenhum pedido para o governo baiano dar segurança ao mecânico Gérson Jesus Bispo. Segundo o secretário, o nome do mecânico não constava da lista encaminhada pelo governo federal.
Delegado é designado para investigar morte de testemunha na BA
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da Agência Folha, em Salvador
O secretário da Segurança Pública da Bahia, general Édson Sá Rocha, anunciou a nomeação de um delegado especial para investigar as causas do assassinato do mecânico Gérson Jesus Bispo, em Santo Antonio de Jesus.
Ele havia prestado depoimento à relatora especial sobre execuções sumárias da ONU (Organização das Nações Unidas), Asma Jahangir, no último dia 20. Bispo investigava a morte do irmão e de um amigo e havia denunciado a existência de um grupo de extermínio formado por policiais militares.
"Vamos realizar uma investigação rigorosa", disse o general. Para apurar "toda a verdade", Rocha convidou também representantes do Ministério Público, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, de organizações não-governamentais ligadas aos direitos humanos, além de familiares da vítima.
"Investigadores que não trabalham na área do município também serão escalados para desvendar o caso."
Segundo o secretário, por enquanto, "não existe nenhuma relação entre os grupos de extermínio e o assassinato do mecânico". "Nossa investigação preliminar revela que o crime foi motivado por vingança."
Intervenção
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia, Yulo Oiticica (PT), 39, disse que vai encaminhar ao secretário nacional de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, um pedido de intervenção federal na Bahia.
"Não podemos aceitar que testemunhas de crimes continuem sendo executadas", disse o parlamentar. Segundo o deputado petista, se a intervenção na Bahia não for decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "as testemunhas não devem mais colaborar com a polícia".
De acordo com Oiticica, a Bahia ocupa o quinto lugar em casos de execuções no Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Rondônia.
"Nos últimos dez anos, o número de denúncias encaminhadas à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia cresceu quase 300%", acrescentou. No ano passado, segundo o deputado baiano, foram registrados 302 casos de execuções no Estado.
Falta de segurança
O secretário Fernando Vita (Comunicação) disse, nesta noite, que não havia nenhum pedido para o governo baiano dar segurança ao mecânico Gérson Jesus Bispo. Segundo o secretário, o nome do mecânico não constava da lista encaminhada pelo governo federal.
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