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15/10/2003
-
20h23
MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo
A polícia do Rio prendeu hoje Fernando dos Santos Pinto, 20, o Fernandinho Capeta, um dos suspeitos de ter assassinado os policiais civis Fábio Batista da Silva e Flávio do Lago Jobim na noite de terça-feira, em Vila Isabel (zona norte), próximo ao morro dos Macacos.
Fernandinho Capeta seria gerente do tráfico na favela e negou que tenha participado do crime. Ele foi preso no Hospital Miguel Couto (Leblon, zona sul), onde se internara após o ataque aos policiais. O suspeito foi baleado na perna e nas nádegas.
Silva e Jobim foram mortos com pelo menos dez tiros cada um. Ambos estavam fora de serviço. A dupla estava em um Honda Civic quando foi atacada por homens que faziam um "bonde" (comboio de carros com traficantes armados) nas esquinas das ruas Jerônimo de Lemos e Luiz Guimarães.
Segundo a polícia, os integrantes do "bonde" pretendiam roubar o carro onde estavam os policiais, que reagiram e acabaram assassinados.
A prisão de Fernandinho Capeta só foi possível graças a informações prestadas por um suposto cúmplice, Edmilson Rocha dos Santos, 22, que teria indicado seu paradeiro.
Segundo a polícia, Santos foi preso com uma granada durante uma grande operação montada no morro pela Polícia Civil para tentar capturar os assassinos dos policiais. Ele chegou a trocar tiros com os policiais e acabou baleado com um tiro de fuzil na perna.
Ele teria dito que Fernandinho Capeta fora baleado no mesmo tiroteio que resultou na morte dos policiais e buscara socorro no Miguel Couto. De acordo com a polícia, Santos não teria participado da ação.
Na operação, que contou com cem policiais civis da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e de delegacias especializadas, além de um helicóptero, um outro homem, que seria traficante, foi preso. A polícia não informou o seu nome.
Ao ser interrogado no hospital, Fernandinho Capeta negou ter matado os policiais e disse que foi baleado durante um assalto no bairro Austin, em Nova Iguaçu (cidade na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio).
Segundo o chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, já estão identificados mais dois integrantes do "bonde". Eles seriam conhecidos como como William e LG e continuavam soltos até a conclusão desta edição.
Horas antes da operação da Polícia Civil, traficantes dos Macacos trocaram tiros com rivais do vizinho morro do Encontro.
Controlado pela facção criminosa TC (Terceiro Comando), o morro dos Macacos é um dos mais violentos do Rio. No ano passado, duas famílias com 11 pessoas, entre elas um bebê e quatro crianças, foram expulsas da favela por traficantes.
Os policiais foram velados na Academia de Polícia e enterrados no cemitério do Caju (zona norte). Silva era lotado na DAS (Divisão Anti-Sequestro). Jobim trabalhava na DRFA (Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis). Desde julho, não havia assassinatos de policiais civis no Rio.
Especial
Veja mais sobre o tráfico no Rio
Suspeito nega ter participado de assassinato de policiais no Rio
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da Folha de S.Paulo
A polícia do Rio prendeu hoje Fernando dos Santos Pinto, 20, o Fernandinho Capeta, um dos suspeitos de ter assassinado os policiais civis Fábio Batista da Silva e Flávio do Lago Jobim na noite de terça-feira, em Vila Isabel (zona norte), próximo ao morro dos Macacos.
Fernandinho Capeta seria gerente do tráfico na favela e negou que tenha participado do crime. Ele foi preso no Hospital Miguel Couto (Leblon, zona sul), onde se internara após o ataque aos policiais. O suspeito foi baleado na perna e nas nádegas.
Silva e Jobim foram mortos com pelo menos dez tiros cada um. Ambos estavam fora de serviço. A dupla estava em um Honda Civic quando foi atacada por homens que faziam um "bonde" (comboio de carros com traficantes armados) nas esquinas das ruas Jerônimo de Lemos e Luiz Guimarães.
Segundo a polícia, os integrantes do "bonde" pretendiam roubar o carro onde estavam os policiais, que reagiram e acabaram assassinados.
A prisão de Fernandinho Capeta só foi possível graças a informações prestadas por um suposto cúmplice, Edmilson Rocha dos Santos, 22, que teria indicado seu paradeiro.
Segundo a polícia, Santos foi preso com uma granada durante uma grande operação montada no morro pela Polícia Civil para tentar capturar os assassinos dos policiais. Ele chegou a trocar tiros com os policiais e acabou baleado com um tiro de fuzil na perna.
Ele teria dito que Fernandinho Capeta fora baleado no mesmo tiroteio que resultou na morte dos policiais e buscara socorro no Miguel Couto. De acordo com a polícia, Santos não teria participado da ação.
Na operação, que contou com cem policiais civis da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e de delegacias especializadas, além de um helicóptero, um outro homem, que seria traficante, foi preso. A polícia não informou o seu nome.
Ao ser interrogado no hospital, Fernandinho Capeta negou ter matado os policiais e disse que foi baleado durante um assalto no bairro Austin, em Nova Iguaçu (cidade na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio).
Segundo o chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, já estão identificados mais dois integrantes do "bonde". Eles seriam conhecidos como como William e LG e continuavam soltos até a conclusão desta edição.
Horas antes da operação da Polícia Civil, traficantes dos Macacos trocaram tiros com rivais do vizinho morro do Encontro.
Controlado pela facção criminosa TC (Terceiro Comando), o morro dos Macacos é um dos mais violentos do Rio. No ano passado, duas famílias com 11 pessoas, entre elas um bebê e quatro crianças, foram expulsas da favela por traficantes.
Os policiais foram velados na Academia de Polícia e enterrados no cemitério do Caju (zona norte). Silva era lotado na DAS (Divisão Anti-Sequestro). Jobim trabalhava na DRFA (Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis). Desde julho, não havia assassinatos de policiais civis no Rio.
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