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22/10/2003 - 17h10

Sindicalista do setor de transporte é ameaçado, diz advogado

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da Folha Online

Um sindicalista do setor de transporte foi ameaçado de morte em São Paulo, segundo o advogado Francisco Vacio Coelho Bezerra. O sindicalista é funcionário da mesma cooperativa na qual trabalhava Paulo Gonçalves, 42, assassinado a tiros no último domingo.

De acordo com Bezerra, a vítima --cujo nome não foi divulgado por questão de segurança-- recebeu um telefonema no dia do enterro de Gonçalves. "Disseram: 'E aí trouxa, você será o próximo'", afirma.

Segundo o advogado, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) foi procurado. A assessoria do departamento afirma que não foi registrado boletim de ocorrência. O sindicalista teria negado a ameaça à polícia.

Ônibus incendiados

Dois ônibus da cooperativa foram incendiados hoje. Um dos casos, segundo o Corpo de Bombeiros, ocorreu na rua Engenheiro Milton Alvarenga Peixoto, na região do Jardim Angela (zona sul), por volta das 4h30. Ninguém se feriu.

O outro caso ocorreu na zona leste, de acordo com o advogado. Ele afirma que dois homens encapuzados ordenaram que os passageiros descessem e atearam fogo no veículo.

Morte

Diretor do Sincooturb (Sindicato das Cooperativas de Transporte Alternativo do Sistema Bairro a Bairro de São Paulo), Paulo Gonçalves foi assassinado com cinco tiros, na tarde de domingo, quando saía da sede do sindicato, no Cambuci (centro). O atirador e um comparsa fugiram em uma moto.

O sindicalista, que também foi dirigente da Cooturb e, recentemente, da Nova Aliança, tinha inimigos entre os próprios integrantes das cooperativas de motoristas de ônibus autônomos.

Elas já sofreram acusações de serem falsas cooperativas --já que nem todos os veículos pertencem aos próprios motoristas, os quais recebem valores diários para circular.

Nos últimos meses também houve divergências entre os cooperados por causa de repasses da prefeitura pela prestação dos serviços. Motoristas alegavam que parte da verba vinha sendo retida.

Outras 12 mortes de sindicalistas de transporte são investigadas em São Paulo --mas não há até agora nenhuma ligação da morte de Gonçalves com as demais.

Com Agora e Folha de S.Paulo
 

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