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23/10/2003 - 08h46

Pai de universitário encontrado morto acredita em assassinato

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do Agora
da Folha Online

Adão José Comineli, 50, pai do universitário Ângelo Luiz Coradi Comineli, 20, disse acreditar que o estudante foi assassinado e depois jogado no rio Tietê. O corpo do estudante, que cursava o 2º ano de engenharia mecânica na USP, foi encontrado na tarde de terça-feira e reconhecido pelo pai ontem. Não havia sinais de agressão no corpo.

Ângelo havia sido visto pela última vez na "peruada", tradicional festa dos estudantes de direito da universidade. A polícia aguarda resultado de exames do IML para identificar as causas da morte. Não estão descartadas as hipóteses de afogamento e uso de drogas.

"Ele era um ótimo rapaz. Nunca iria cometer suicídio ou abusar de bebida ou droga. Alguém matou meu filho, tenho certeza disso. Meu menino nunca pularia no rio Tietê", disse o pai do estudante, que é dono de um auto-elétrico em Cerqueira César (287 km de SP). "Quem fez isso com ele não pode ficar impune."

Reprodução
Ângelo Comineli
O universitário morava na capital, mas costumava voltar à cidade natal nos finais de semana.

Informações

Ontem, o ex-promotor de Justiça e atual prefeito de Cerqueira César, Abel Pedro Ribeiro, tio do estudante morto, disse que teve uma reunião com a cúpula da Polícia Civil e passou algumas informações que ele próprio, juntamente com o pai da vítima, colheram com amigos do rapaz. "Nós temos algumas frentes, mas acredito que as pessoas próximas ao Ângelo aqui em São Paulo sabem bem mais do que nos contaram", afirmou.

Danilo Pasin, 55, pai do melhor amigo de Ângelo em São Paulo, um rapaz de 19 anos que também deixou Cerqueira César para estudar medicina na capital, disse que a pequena cidade, na região de Avaré e com pouco mais de 15 mil habitantes, "está em estado de choque por causa do crime contra o rapaz".

"O pessoal lá está muito mal. Não tem jeito de não se comover com uma coisa dessas. O Ângelo era uma das pessoas mais especiais e inteligentes da cidade --e acabou morrendo dessa maneira trágica", disse Pasin.

A polícia está rastreando todas as ligações feitas do celular do estudante e também os saques que foram feitos em sua conta corrente na sexta-feira, dia em que ele teria desaparecido --foi visto pela última vez às 16h50, na festa. Amigos do rapaz reconheceram as roupas --eram as mesmas que ele usava na festa. Os documentos dele ainda não foram encontrados. O corpo seguiu para Cerqueira César.
 

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