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01/11/2003 - 20h50

Prefeita lamenta situação em Florianópolis e ataca governo de SC

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JAIRO MARQUES
da Agência Folha, em Florianópolis

Chorando muito, abatida e abalada, a prefeita de Florianópolis, Angela Amin (PP), lamentou ontem a situação que tirou um pouco do glamour da cidade que administra. Ela não estava inteiramente confiante com a solução encontrada pela Celesc para a volta da energia elétrica e falou sobre o que chamou de "omissão" do governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), diante da situação da ilha.

Uma das mais bem avaliadas prefeitas do país, segundo pesquisas do Datafolha, Angela disse que sentiu "frustração e tristeza" pelo momento vivido pela ilha. "O desgaste é muito grande. Uma ilha com tantas vistas, tão bonita e, de repente, por um acidente, fica assim, exposta a tantas fragilidades."

A pepebista se dizia insegura quanto à medida encontrada pela Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) para tentar restabelecer a energia na capital. "Não sabemos até que ponto essa situação emergencial vai efetivamente atender à população. A estrutura na ponte Colombo Salles corre o risco de ser interditada por muito tempo. São imensuráveis os prejuízos que temos."

Adversária política do governador, ela atacou Luiz Henrique. "A estrutura de governo teve uma ação muito concreta para ajudar a cidade. Por parte das lideranças, porém, houve omissão. Com mais de 48 horas de um blecaute, não tivemos nenhuma manifestação do governador. A cidade exige uma posição oficial dele, uma solidariedade pessoal dele [Luiz Henrique]."

O governador não falou com a imprensa nesta sexta-feira. Ele rebateu a prefeita com uma nota pública. Na nota, Luiz Henrique também lamentou o acidente e exaltou o trabalho das equipes que trabalharam para o restabelecimento da energia.

Sobre a prefeita, a menção foi de forma indireta. "Em vez de me aproveitar de forma oportunista da tragédia, ocupando espaços generosos nas mídias estadual e nacional, optei por deixar que os profissionais das áreas oferecessem ao público, com seu abalizado conhecimento, a palavra do governo."

Ele também falou sobre as ações que serão realizadas. "O acidente nos alertou sobre a vulnerabilidade do sistema implantado há cerca de 20 anos. Vamos fazer obras que impeçam que, no futuro, nossa capital fique à mercê de uma só linha de transmissão."

O presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider, declarou ontem que, apesar de não ter sido feito um projeto oficial, a estrutura montada para levar energia a ilha poderia atender à população "quanto tempo for necessário" e que "o sistema tem um absoluto rigor técnico".

Schneider afirmou que, a partir de segunda-feira, a companhia deveria começa a traçar uma solução definitiva para o problema. A Celesc é uma estatal.


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