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07/11/2003 - 23h12

Peças sacras supostamente furtadas são apreendidas pela PF em MG

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MAURO ALBANO
da Agência Folha

A Polícia Federal apreendeu ontem em dois antiquários de Belo Horizonte (MG) 23 peças sacras que seriam produto de furtos. Três pessoas --um receptador e dois responsáveis pelos furtos-- foram detidas.

Entre o material, havia imagens de santos, castiçais e outros objetos. "São peças que claramente fazem parte do acervo de igrejas e capelas, sejam mineiras ou não", disse Vanessa Borges Brasileiro, presidente do Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais).

A identificação dos objetos só será determinada por uma perícia realizada por técnicos do Iepha e do Iphan (Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico), ainda não concluída.

Os proprietários dos antiquários onde foram encontradas as peças irão responder a processo e podem ter pedida sua prisão preventiva.

Foram detidos em Ouro Preto (89 km de Belo Horizonte) os supostos responsáveis pelo furto, José Pedro Martins e Vicente Paulo Pinto, e o suposto receptador Geraldo Melo Silva, em Tiradentes (215 km da capital mineira).

Os três foram levados à cadeia pública de Ouro Preto. A reportagem não conseguiu falar com eles ou com seus advogados.

Segundo o delegado Tadeu de Moura Gomes, da Polícia Federal, que comandou as diligências, também foi apreendido um recibo de venda que teria sido entregue pela dupla a Geraldo Melo Silva.

O acervo recuperado foi provisoriamente levado para o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. A Secretaria da Cultura de Minas Gerais irá pedir que as peças sejam transferidas para o Museu Mineiro, em Belo Horizonte, para facilitar o trabalho de identificação.

Não há evidências de que os envolvidos no episódio façam parte de uma quadrilha especializadas no roubo de peças sacras, que está sendo investigada pela Polícia Federal.

O delegado Moura, chefe da representação da Interpol em Minas, está à frente das investigações. Ele coordenou a apreensão, em agosto, de 128 peças (a contagem do Iphan, mais detalhista, somou 152) em quatro antiquários e em uma casa em São Paulo.

O Iphan registrou os maiores números de peças sacras roubadas em Minas Gerais em 1994 (com 74 obras) e em 2003 (65).
 

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