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09/11/2003
-
08h55
ROGÉRIO PAGNAN
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
A Polícia Militar de Ribeirão Preto vem sofrendo nos últimos dias uma série de ameaças de morte e invasão a postos policiais, o que provocou o aumento do alerta da corporação.
Segundo a PM, pelo menos três ameaças foram feitas nos últimos dias por meio do telefone 190 --o número de emergência da PM.
Segundo o CAD (Centro de Atendimento e Despacho), que recebe os pedidos de socorro e envia as patrulhas para o atendimento dessas solicitações, a última ameaça ocorreu na manhã de anteontem, horas antes de a polícia iniciar a megablitz na cidade.
Segundo o comandante regional da PM, Nicolau Waldemar Lambort, uma das ameaças ocorreu na última quinta-feira, o que teria provocado o reforço nos postos policiais. "Houve um boato de que poderia estourar alguma coisa aqui em Ribeirão. Então, nós tivemos um cuidado maior. Tomamos todos os cuidados e, felizmente, não houve nada", afirmou ele.
As ameaças ganham força com a série de ataques --a maioria na Grande São Paulo-- contra bases da PM, delegacias da Polícia Civil, postos da Guarda Metropolitana e unidades prisionais na semana passada.
Nesses atentados, dois policiais morreram e 11 ficaram feridos. Na região, não ocorreram ataques.
Os atentados estão sendo atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que é comandada de dentro dos presídios paulistas.
Esses ataques estariam ocorrendo na tentativa de forçar o Estado a relaxar regras do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), a que estão submetidos os principais líderes do PCC.
Na lista de reivindicações apresentada por dois presos do PCC no último dia 29, estaria desde a autorização para a visita íntima até a entrega de rádios AM/FM, água de coco e leite condensado.
Além do aumento do efetivo nas bases, a polícia de Ribeirão também adotou a estratégia de enviar comboios de veículos para o atendimento de ocorrências em bairros periféricos da cidade.
O temor da PM é ser alvo de emboscadas de bandidos, como ocorreu na última quinta-feira, na favela Jardim Elisa Maria, na zona norte da capital. Duas equipes foram enviadas para atender a uma falsa briga de marido e mulher e foram recebidas a tiros por cerca de dez homens, armados de pistolas e fuzis. Um dos veículos recebeu nove perfurações, mas os policiais não se feriram. O outro veículo não foi atingido.
Na blitz realizada anteontem em Ribeirão, 554 veículos foram vistoriados e 897 foram revistados. Cinco veículos acabaram recolhidos e 12 foram multados. A polícia prendeu uma pessoa e apreendeu dois adolescentes com 77 gramas de maconha.
Nas 93 cidades da região, 4.071 veículos foram vistoriados (dos quais 117 apreendidos) e 5.280 pessoas foram revistadas. Uma arma de fogo e uma faca foram aprendidas, além de 88 gramas de maconha e seis de crack.
Colaborou FABIANA MARQUES, free lance para a Folha em Ribeirão Preto
Ameaça aumenta alerta da PM em Ribeirão
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da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto
A Polícia Militar de Ribeirão Preto vem sofrendo nos últimos dias uma série de ameaças de morte e invasão a postos policiais, o que provocou o aumento do alerta da corporação.
Segundo a PM, pelo menos três ameaças foram feitas nos últimos dias por meio do telefone 190 --o número de emergência da PM.
Segundo o CAD (Centro de Atendimento e Despacho), que recebe os pedidos de socorro e envia as patrulhas para o atendimento dessas solicitações, a última ameaça ocorreu na manhã de anteontem, horas antes de a polícia iniciar a megablitz na cidade.
Segundo o comandante regional da PM, Nicolau Waldemar Lambort, uma das ameaças ocorreu na última quinta-feira, o que teria provocado o reforço nos postos policiais. "Houve um boato de que poderia estourar alguma coisa aqui em Ribeirão. Então, nós tivemos um cuidado maior. Tomamos todos os cuidados e, felizmente, não houve nada", afirmou ele.
As ameaças ganham força com a série de ataques --a maioria na Grande São Paulo-- contra bases da PM, delegacias da Polícia Civil, postos da Guarda Metropolitana e unidades prisionais na semana passada.
Nesses atentados, dois policiais morreram e 11 ficaram feridos. Na região, não ocorreram ataques.
Os atentados estão sendo atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que é comandada de dentro dos presídios paulistas.
Esses ataques estariam ocorrendo na tentativa de forçar o Estado a relaxar regras do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), a que estão submetidos os principais líderes do PCC.
Na lista de reivindicações apresentada por dois presos do PCC no último dia 29, estaria desde a autorização para a visita íntima até a entrega de rádios AM/FM, água de coco e leite condensado.
Além do aumento do efetivo nas bases, a polícia de Ribeirão também adotou a estratégia de enviar comboios de veículos para o atendimento de ocorrências em bairros periféricos da cidade.
O temor da PM é ser alvo de emboscadas de bandidos, como ocorreu na última quinta-feira, na favela Jardim Elisa Maria, na zona norte da capital. Duas equipes foram enviadas para atender a uma falsa briga de marido e mulher e foram recebidas a tiros por cerca de dez homens, armados de pistolas e fuzis. Um dos veículos recebeu nove perfurações, mas os policiais não se feriram. O outro veículo não foi atingido.
Na blitz realizada anteontem em Ribeirão, 554 veículos foram vistoriados e 897 foram revistados. Cinco veículos acabaram recolhidos e 12 foram multados. A polícia prendeu uma pessoa e apreendeu dois adolescentes com 77 gramas de maconha.
Nas 93 cidades da região, 4.071 veículos foram vistoriados (dos quais 117 apreendidos) e 5.280 pessoas foram revistadas. Uma arma de fogo e uma faca foram aprendidas, além de 88 gramas de maconha e seis de crack.
Colaborou FABIANA MARQUES, free lance para a Folha em Ribeirão Preto
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