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10/11/2003
-
08h41
da Folha Online
Mais um corpo foi localizado nesta madrugada no túnel usado para a fuga de presos da Penitenciária do Estado, no Carandiru, zona norte de São Paulo. Segundo a polícia, o corpo, no entanto, ainda não foi retirado do local.
Com essa localização, aumenta para sete o número de presos mortos na ação. A polícia acredita que mais corpos estejam no local.
Oitenta e sete homens fugiram da penitenciária pelo túnel, na tarde de ontem, durante o horário de visita. Quarenta e seis foram recapturados e 34 continuam desaparecidos.
Com os recapturados a PM localizou 21 celulares, um revólver calibre 38 com duas cápsulas deflagradas e 13 baterias de carro, usadas para iluminar o túnel.
A ação dos presos foi notada por um morador que viu homens saindo de uma boca-de-lobo perto do complexo penitenciário e acionou a polícia. Outros moradores se surpreenderam ao verem homens sujos de barro circulando pela região.
Casa
A PM, que estava em alerta por suspeitar de que haveria uma rebelião organizada pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital), conseguiu interromper a fuga e prender 29 detentos nas proximidades do túnel.
Outros 13 presos foram recapturados em uma casa em reforma na rua Jovita, a cerca de 500 metros da penitenciária. A casa teria sido usada para base da construção do túnel.
Vizinhos disseram não desconfiar de que a residência seria usada para a escavação de um túnel. Eles disseram que apenas um pedreiro era visto no local.
Túnel
O túnel tem cerca de 120 metros de comprimento e 50 centímetros de diâmetro. Ninguém da penitenciária notou a fuga dos presos. Segundo o secretário da Administração Penitenciária do Estado, Nagashi Furukawa, uma pessoa de fora da cadeia rompeu o piso de uma oficina desativada e arrombou dois portões, abrindo passagem para os presos até o túnel.
O secretário afirmou que os fugitivos eram dos pavilhões 1, 2 e 3. Ele negou envolvimento do PCC com a fuga. Os nomes dos presos que escaparam, no entanto, não foram divulgados.
Furukawa, que foi ao local da fuga na tarde de ontem, disse que o total de fugas neste ano em São Paulo "é um terço do registrado em 2002". "São percentuais dos melhores países da Europa. Mesmo com a fuga de hoje [ontem], o Estado de São Paulo tem um sistema penitenciário seguro", disse Furukawa.
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Mais um corpo foi localizado nesta madrugada no túnel usado para a fuga de presos da Penitenciária do Estado, no Carandiru, zona norte de São Paulo. Segundo a polícia, o corpo, no entanto, ainda não foi retirado do local.
Com essa localização, aumenta para sete o número de presos mortos na ação. A polícia acredita que mais corpos estejam no local.
Oitenta e sete homens fugiram da penitenciária pelo túnel, na tarde de ontem, durante o horário de visita. Quarenta e seis foram recapturados e 34 continuam desaparecidos.
Com os recapturados a PM localizou 21 celulares, um revólver calibre 38 com duas cápsulas deflagradas e 13 baterias de carro, usadas para iluminar o túnel.
Tony Vieira/Folha Imagem |
Presos são recapturados |
Casa
A PM, que estava em alerta por suspeitar de que haveria uma rebelião organizada pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital), conseguiu interromper a fuga e prender 29 detentos nas proximidades do túnel.
Outros 13 presos foram recapturados em uma casa em reforma na rua Jovita, a cerca de 500 metros da penitenciária. A casa teria sido usada para base da construção do túnel.
Vizinhos disseram não desconfiar de que a residência seria usada para a escavação de um túnel. Eles disseram que apenas um pedreiro era visto no local.
Túnel
O túnel tem cerca de 120 metros de comprimento e 50 centímetros de diâmetro. Ninguém da penitenciária notou a fuga dos presos. Segundo o secretário da Administração Penitenciária do Estado, Nagashi Furukawa, uma pessoa de fora da cadeia rompeu o piso de uma oficina desativada e arrombou dois portões, abrindo passagem para os presos até o túnel.
O secretário afirmou que os fugitivos eram dos pavilhões 1, 2 e 3. Ele negou envolvimento do PCC com a fuga. Os nomes dos presos que escaparam, no entanto, não foram divulgados.
Furukawa, que foi ao local da fuga na tarde de ontem, disse que o total de fugas neste ano em São Paulo "é um terço do registrado em 2002". "São percentuais dos melhores países da Europa. Mesmo com a fuga de hoje [ontem], o Estado de São Paulo tem um sistema penitenciário seguro", disse Furukawa.
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