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17/11/2003 - 22h05

Suspeito de mandar matar juiz permanece preso em MS

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

O coronel reformado da PM Walter Gomes Ferreira, acusado de comandar esquema de pistolagem e suspeito de mandar matar um juiz no Espírito Santo, deve ser mantido em Dourados (MS) por mais dois ou três dias, segundo juiz responsável pelo caso.

Ele foi transferido do Acre para Dourados (218 km de Campo Grande) a pedido do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), segundo o governo de Mato Grosso do Sul. A compensação para o Estado viria com a liberação de verbas.

O juiz de execuções penais Celso Antônio Schuch Santos, 49, recebeu nesta segunda-feira do secretário estadual da Segurança Pública, Dagoberto Nogueira, a informação sobre o motivo da transferência. O coronel chegou a Dourados na noite de sexta-feira escoltado pela Polícia Federal.

Santos decidiu manter por mais dois ou três dias Ferreira na penitenciária da cidade. Anteriormente, havia autorizado a permanência até a tarde desta segunda.

Segundo o juiz, a prorrogação no prazo permitirá que Nogueira explique durante audiência pública em Dourados o motivo da transferência e também a suposta vantagem para o Estado. O juiz poderá manter por mais tempo Ferreira em Dourados, se houver aprovação na audiência pública.

Acompanhado da imprensa, Santos deve vistoriar nesta terça-feira a penitenciária que tem capacidade para 530 presos, mas abriga 1.127. No domingo, foi descoberto um túnel de fuga.

A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que o governo atendeu ao pedido do ministro por causa da liberação de verbas para projetos, incluindo o presídio em Dourados.

Acusado de ser ex-integrante da Scuderie Le Cocq, organização fundada em 1984 que teria se transformado em esquadrão da morte, Ferreira é suspeito de ser o mandante do assassinato do juiz de Vitória (ES) Alexandre Martins de Castro Filho, 32, no dia 24 de março. O juiz transferiu o coronel para o Acre.

A assessoria do Ministério da Justiça informou que não conseguiu falar com Bastos sobre a transferência de Ferreira. O ministro estava em São Paulo.
 

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