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24/11/2003 - 13h51

Ministro da Justiça se reunirá com pai de estudante assassinada

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, receberá em audiência, na próxima quarta-feira, Ari Friedenbach, pai da estudante Liana, 16, que foi assassinada, segundo a polícia, por um adolescente de 16 anos. Liana acampava com o namorado, Felipe Caffé, em um sítio em Embu-Guaçu (Grande SP) e foi morta a facadas. Felipe, com um tiro de espingarda.

No último sábado, uma manifestação organizada pelos parentes e amigos dos estudantes mortos contou com as presenças do rabino Henry Sobel e da apresentadora Hebe Camargo, do SBT.

Em discurso, Sobel, presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, fez críticas ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), dizendo que o "estatuto [da Criança e do Adolescente] é obsoleto e que nos rouba o mais sagrado dos direitos: o direito à vida". Depois, em entrevista à Folha, o rabino afirmou ser favorável à pena de morte. "O judaísmo condena categoricamente a pena de morte. Mas, na qualidade de pai, defendo a pena de morte em casos excepcionais, como esse."

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou nesta segunda-feira que é contra a adoção da pena de morte no país.

"O crime no Brasil só será vencido, colocado em níveis toleráveis, na hora que nós tivermos uma polícia integrada, que desvende os crimes, um Judiciário que condene rapidamente e um sistema prisional que ao invés de se tornar uma fábrica de reincidentes, se não regenerar as pessoas pelo menos não as piore", disse.

Manifesto

Uma comitiva liderada pelo pai de Liana e pela mãe de Felipe, Lenice Silva Caffé, entregou, no sábado, a uma comissão de deputados estaduais paulistas o "Manifesto pela Paz com Justiça". O documento defende mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Atualmente, o ECA determina que o tempo máximo de internação para jovens infratores seja de três anos e a morte do casal colocou em evidência a discussão em torno da maioridade penal.

A entrega do manifesto ocorreu após uma passeata contra a violência que, segundo estimativas da Polícia Militar, reuniu cerca de 5.000 pessoas.

Com Agência Brasil

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