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25/11/2003 - 13h33

Pai de estudante assassinada em SP se reúne com senador

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da Folha Online

O advogado Ari Friedenbach, pai da estudante assassinada Liana, 16, se reúne nesta terça-feira com o senador Magno Malta (PL-ES). Segundo informações do gabinete do parlamentar, o encontro começou por volta das 13h. Eles deverão conversar sobre a redução da maioridade penal.

Liana acampava com o namorado, Felipe Caffé, 19, em um sítio em Embu-Guaçu (Grande São Paulo) e foi morta a facadas. Felipe, com um tiro de espingarda.

Cinco acusados de envolvimento no crime estão detidos, entre eles um adolescente de 16 anos.

Friedenbach também deve se encontrar com os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Romeu Tuma (PFL-SP). Nesta quarta-feira, ele será recebido pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Maioridade penal

O crime motivou as discussões em torno da redução da maioridade penal e de alterações do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

O advogado Ari Friedenbach afirmou que pretende criar uma organização não-governamental ou uma associação para discutir a questão da maioridade penal. "Ainda estamos organizando para ver o melhor caminho e contatando outras organizações que trabalham nisso para atuarmos juntos", disse.

Ele propõe que autores de crimes hediondos sejam julgados da mesma maneira, independentemente da idade. O ECA restringe a três anos o tempo máximo de internação.

Pena de morte

No último sábado, uma manifestação organizada pelos parentes e amigos dos estudantes mortos contou com as presenças do rabino Henry Sobel e da apresentadora Hebe Camargo, do SBT.

Em discurso, Sobel, presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, fez críticas ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), dizendo que o "estatuto [da Criança e do Adolescente] é obsoleto e que nos rouba o mais sagrado dos direitos: o direito à vida". Depois, em entrevista à Folha, o rabino afirmou ser favorável à pena de morte. "O judaísmo condena categoricamente a pena de morte. Mas, na qualidade de pai, defendo a pena de morte em casos excepcionais, como esse."

O ministro da Justiça afirmou nesta segunda-feira que é contra a adoção da pena de morte no país.

"O crime no Brasil só será vencido, colocado em níveis toleráveis, na hora que nós tivermos uma polícia integrada, que desvende os crimes, um Judiciário que condene rapidamente e um sistema prisional que ao invés de se tornar uma fábrica de reincidentes, se não regenerar as pessoas pelo menos não as piore", disse.

Com Folha de S.Paulo

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