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09/12/2003 - 09h49

Polícia identifica acusado de obrigar jovens a pular de trem

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da Folha Online

A polícia identificou um dos acusados de obrigar dois jovens a pular de um trem em movimento, no último domingo, em Mogi das Cruzes, Grande São Paulo. Uma das vítimas perdeu o braço direito. A outra sofreu traumatismo craniano e permanece internada em estado grave.

Segundo informações da delegacia, há a expectativa de que o suspeito se apresente à polícia. Policiais fizeram contato com a família, mas ainda não localizaram o acusado.

Os acusados são três skinheads. De acordo com a CPTM, os suspeitos são brancos, carecas, vestiam jaquetas e camisas verdes, calça jeans e coturno. Um deles carregava uma machadinha.

As camisas das vítimas, que exibiam nomes de bandas de rock, teriam motivado a ação dos skinheads --conhecidos pela intolerância em relação a nordestinos, negros, homossexuais e punks.

Câmeras

Câmeras da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) flagraram o momento da queda de Cleiton da Silva Leite, 20, e de Flávio Augusto do Nascimento, 16. Os skinheads também foram filmados quando desembarcaram.

Segundo testemunhas, o trio ameaçou os jovens com uma machadinha e um tchaco --arma formada por dois bastões unidos por uma corrente eles.

As vítimas caíram em um espaço de cerca de 30 centímetros entre a composição e a plataforma da estação Brás Cubas. O trem passou sobre o braço direito de Nascimento. O estado mais grave é o de Leite, que sofreu traumatismo craniano grave, com exposição de massa encefálica.

Outros ataques

O caso de violência envolvendo skinheads de maior repercussão nos últimos anos foi a morte por espancamento do adestrador de cães Edson Neris da Silva na praça da República, em plena região central de São Paulo.

Na madrugada do dia 6 de fevereiro de 2000, ele e Dário Pereira Neto, que conseguiu fugir, foram atacados por um grupo de skinheads na praça. O motivo do ataque seria o fato de as vítimas terem sido vistas de mãos dadas.

Minutos depois do crime, a polícia prendeu 18 acusados em um bar próximo ao local do espancamento. Um deles, em depoimento, admitiu que eles integravam o grupo Carecas do ABC, conhecidos por pregar contra minorias.

Em dezembro do ano passado, o último dos nove suspeitos de matar o adestrador foi condenado. Sete do grupo foram condenados a penas de até 21 anos e dois, absolvidos. Os outros foram acusados de formação de quadrilha.

Com Folha de S.Paulo

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