Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/12/2003 - 03h58

Secretário não vê novidade em investigação sobre Operação Castelinho

Publicidade

da Folha de S.Paulo

Mesmo sem ter visto as provas apresentadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo à Justiça, o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, defende que não há novidades na investigação da Operação Castelinho, na qual foram mortos 12 suspeitos de pertencer ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

O material apresentado pelo Ministério Público, porém, foi suficiente para a Justiça aceitar a denúncia contra 53 policiais militares que participaram da ação, em março do ano passado.

Para a promotora de Justiça de Itu Vania Maria Tuglio, a operação foi uma armadilha preparada pelo Gradi (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos da Intolerância). Dois presos que trabalhavam infiltrados para o Gradi, Marcos Massari e Gilmar Leite, teriam inventado um roubo a avião e atraído os demais para o encontro.

Os PMs e os dois presos irão responder por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e emboscada).

"A descrição dos fatos contida na denúncia está baseada na palavra de dois presos [Marcos Massari e Gilmar Leite Siqueira], que se recusaram a falar na frente do Ministério Público. Então não tem surpresa, há quase dois anos contaram essa história."

O secretário não quis comentar os depoimentos de testemunhas que, ao lado de perícias, também embasam a denúncia do Ministério Público. Pelo menos cinco pessoas afirmaram ter visto os acusados já rendidos antes de serem mortos, segundo disse a promotora em reportagem publicada ontem, na Folha.

"Eu, pessoalmente, não acompanho inquérito policial", respondeu o secretário. "O importante é ler esses depoimentos e ver se existe essa interpretação mesmo. Se tiver, vamos aguardar."

A versão da polícia é que os suspeitos assaltariam um avião de transporte de dinheiro quando foram interceptados na rodovia José Ermírio de Morais, na região de Sorocaba (SP) .

O governador Geraldo Alckmin afirmou ontem não ver irregularidade na operação. "O dever da polícia é enfrentar organizações criminosas. Aliás, foi feito um trabalho para evitar o confronto, tanto é assim que o número de policiais era grande", disse, após participar com o secretário da formatura de cadetes da Academia da Polícia Militar do Barro Branco, na zona norte de São Paulo.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página