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28/08/2000 - 19h29

Advogados do caso Pimenta Neves já se enfrentaram em três ocasiões

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da Folha de S.Paulo

Não é a primeira vez que Márcio Thomaz Bastos, 65, e Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, 55, dois pesos pesados da advocacia nacional, se enfrentam. Eles já estiveram em lados opostos em três ocasiões. Em uma das ações, o crime prescreveu. Nas duas outras, Thomaz Bastos levou a melhor.

Mariz de Oliveira e Thomaz Bastos, porém, têm perfis muito semelhantes. Ambos foram presidentes da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo e têm ligações com partidos de oposição. Apesar das ligações partidárias, os dois já defenderam políticos famosos de outras legendas.

Mariz de Oliveira, que já foi advogado do empresário Paulo César Farias e do prefeito Celso Pitta (PTN), diz ser eleitor da ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSB), política que também já contou com o apoio de Thomaz Bastos, filiado ao PT.

Já Thomaz Bastos, que chegou a ser cotado como presidenciável do PT, já defendeu o ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá, a empreiteira OAS e chegou a advogar em favor de Fábio Monteiro de Barros, um dos envolvidos no desvio R$ 169 milhões das obras do TRT. Mas ele renunciou da defesa de Monteiro de Barros no mês passado.

Adversários

Na primeira vez em que enfrentou Thomaz Bastos em um tribunal, em Santo André, Mariz defendeu o empresário João Roncon Neto, acusado de matar o ex-sócio Walter Dias da Silva. No final do julgamento, em 91, Roncon Neto foi condenado a 12 anos.

Os papéis se inverteram anos depois, quando Thomaz Bastos defendeu, em Tupã, também em São Paulo, Eizi Hirano, acusado de matar a mulher. Hirano foi absolvido.

A outra ação foi em 94, mas não chegou a ser julgado. Mariz de Oliveira defendeu o ex-governador Orestes Quércia, de quem foi secretário da Segurança Pública, de uma ação contra o então governador do Ceará Ciro Gomes, defendido por Thomaz Bastos. Apesar das trocas de acusações motivadas pela campanha eleitoral, as ações não deram em nada, e o crime prescreveu.

Thomaz Bastos foi o advogado de acusação em um dos casos mais famosos envolvendo um crime passional: em 81, o cantor Lindomar Castilho deu cinco tiros na mulher, Eliane de Grammont.

No julgamento, o criminalista conseguiu desmontar a tese da defesa, de que o cantor matou por amor. Contou com o apoio das feministas, que criaram a campanha "Quem ama não mata". Três anos após o crime, o cantor foi condenado a 12 anos de prisão.

Outro caso do qual participa envolve o promotor Igor Ferreira da Silva, acusado de matar, em 98, a mulher Patrícia, que estava grávida de 8 meses.

Ao contrário do caso Lindomar Castilho, Thomaz Bastos tenta desmontar a tese de que o promotor matou a mulher porque teria sido traído. O caso ainda não foi a julgamento.

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