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16/12/2003
-
04h17
da Folha de S.Paulo
Falta de informação, atraso nas linhas, congestionamento nas faixas para carros e desrespeito à faixa de ônibus foram as principais reclamações de passageiros e motoristas que passaram ontem pelas ruas e avenidas do corredor Pirituba/Lapa/São João.
Apesar da distribuição de folhetos explicativos e da presença de agentes da prefeitura nos terminais e pontos, a população sofreu com a extinção e a mudança de algumas linhas. Entre os motoristas dos veículos houve os que ignoraram a proibição e circularam na faixa da esquerda e os que se sentiram espremidos com o ziguezague dos ônibus, ora de um lado ora de outro das avenidas.
A confusão começou pela manhã, no terminal Lapa (zona oeste), onde houve um verdadeiro congestionamento de passageiros. Segundo um dos funcionários do terminal, houve pessoas pedindo informações até sobre linhas que nem passam pelo local.
O próprio acesso ao terminal causou confusão. Para entrar nas instalações, é preciso comprar um bilhete do lado de fora e passar por uma catraca. Além disso, a leitura automática do cartão do idoso não funcionou pela manhã.
Com a extinção de algumas linhas, há casos em que agora o usuário tem de pegar mais de um ônibus --fazendo a baldeação nos terminais e pagando uma só passagem-- para fazer o percurso que, antes, era feito de uma vez só.
Quem se atrasou não conseguiu manter o bom humor. A comerciária Margarete da Silva, 27, que trabalha em frente ao terminal, demorou 50 minutos a mais que o normal para chegar ao trabalho, às 10h. Ela reclamou da falta de organização na mudança.
Já a faxineira Maria Bastos Piovaccari, 53, levou duas horas e 15 minutos para chegar ao trabalho. Ela chegou no ponto de ônibus, na Freguesia do Ó (zona norte), às 7h25. O ônibus para o terminal da Lapa chegou uma hora depois. "Mas a confusão continuou porque o motorista se perdeu e entrou em várias ruas erradas até que outro motorista chegou pra ajudar. Um caminho que eu levava 20 minutos para fazer, hoje levei mais de duas horas", diz.
Já nas linhas onde não houve mudanças o tempo de viagem, ao contrário do que previa a SPTrans, continuou praticamente igual. Na segunda-feira passada, a Folha levou 37 minutos para ir da rua Xavier de Toledo, no centro, ao terminal da Lapa. Ontem, o percurso foi feito em 39 minutos.
Entre os motoristas dos carros, mais reclamações. O empresário Jorge da Fonseca, que passava ontem à noite pela avenida Francisco Matarazzo, reclamou do desrespeito às faixas da esquerda.
"Se for para implantar um corredor, todo mundo tem que obedecer. Agora tem ônibus andando com carro e carro andando na faixa que é para ser do ônibus."
Acostumado a transitar todos os dias pela avenida São João, o taxista Cláudio Amaral também reclamou: "Está mais agitado o trânsito, acho que ainda vai demorar para as pessoas se acostumarem com a mudança". O taxista, porém, conta que ele mesmo chegou a andar na faixa da esquerda. "Estou tão acostumado, que quando percebi já estava na faixa do ônibus. Devo ter sido multado", conta.
Mudanças irritam passageiros e motoristas
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Falta de informação, atraso nas linhas, congestionamento nas faixas para carros e desrespeito à faixa de ônibus foram as principais reclamações de passageiros e motoristas que passaram ontem pelas ruas e avenidas do corredor Pirituba/Lapa/São João.
Apesar da distribuição de folhetos explicativos e da presença de agentes da prefeitura nos terminais e pontos, a população sofreu com a extinção e a mudança de algumas linhas. Entre os motoristas dos veículos houve os que ignoraram a proibição e circularam na faixa da esquerda e os que se sentiram espremidos com o ziguezague dos ônibus, ora de um lado ora de outro das avenidas.
A confusão começou pela manhã, no terminal Lapa (zona oeste), onde houve um verdadeiro congestionamento de passageiros. Segundo um dos funcionários do terminal, houve pessoas pedindo informações até sobre linhas que nem passam pelo local.
O próprio acesso ao terminal causou confusão. Para entrar nas instalações, é preciso comprar um bilhete do lado de fora e passar por uma catraca. Além disso, a leitura automática do cartão do idoso não funcionou pela manhã.
Com a extinção de algumas linhas, há casos em que agora o usuário tem de pegar mais de um ônibus --fazendo a baldeação nos terminais e pagando uma só passagem-- para fazer o percurso que, antes, era feito de uma vez só.
Quem se atrasou não conseguiu manter o bom humor. A comerciária Margarete da Silva, 27, que trabalha em frente ao terminal, demorou 50 minutos a mais que o normal para chegar ao trabalho, às 10h. Ela reclamou da falta de organização na mudança.
Já a faxineira Maria Bastos Piovaccari, 53, levou duas horas e 15 minutos para chegar ao trabalho. Ela chegou no ponto de ônibus, na Freguesia do Ó (zona norte), às 7h25. O ônibus para o terminal da Lapa chegou uma hora depois. "Mas a confusão continuou porque o motorista se perdeu e entrou em várias ruas erradas até que outro motorista chegou pra ajudar. Um caminho que eu levava 20 minutos para fazer, hoje levei mais de duas horas", diz.
Já nas linhas onde não houve mudanças o tempo de viagem, ao contrário do que previa a SPTrans, continuou praticamente igual. Na segunda-feira passada, a Folha levou 37 minutos para ir da rua Xavier de Toledo, no centro, ao terminal da Lapa. Ontem, o percurso foi feito em 39 minutos.
Entre os motoristas dos carros, mais reclamações. O empresário Jorge da Fonseca, que passava ontem à noite pela avenida Francisco Matarazzo, reclamou do desrespeito às faixas da esquerda.
"Se for para implantar um corredor, todo mundo tem que obedecer. Agora tem ônibus andando com carro e carro andando na faixa que é para ser do ônibus."
Acostumado a transitar todos os dias pela avenida São João, o taxista Cláudio Amaral também reclamou: "Está mais agitado o trânsito, acho que ainda vai demorar para as pessoas se acostumarem com a mudança". O taxista, porém, conta que ele mesmo chegou a andar na faixa da esquerda. "Estou tão acostumado, que quando percebi já estava na faixa do ônibus. Devo ter sido multado", conta.
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