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23/12/2003
-
23h07
JOSÉ EDUARDO RONDON
da Agência Folha
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
Um tornado atingiu Campo Erê, no extremo oeste de Santa Catarina, na tarde desta segunda-feira (22), segundo o Climerh (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina). Ainda não há registros sobre a velocidade alcançada pelos ventos.
Sete moradores ficaram feridos --nenhum corre risco de morte--, 500 casas foram danificadas. Cerca de 2.000 pessoas foram afetadas pela passagem do tornado, conforme informou a Defesa Civil. Até o final da tarde desta terça-feira não havia um número oficial de desabrigados.
Os feridos foram atingidos por pedaços de telhas e vidros arrancados pelo vento. O município decretou situação de emergência.
Conforme relato de moradores à Defesa Civil, uma nuvem preta cobriu a cidade por volta das 15h. Um prolongamento da nuvem, na forma de um cone invertido, foi visto por algumas pessoas. Logo após, fortes ventos atingiram o local, acompanhados de chuva intensa.
"Tomando por base o que algumas pessoas que presenciaram a tempestade disseram e pela destruição encontrada, não temos dúvidas em classificar o fenômeno como um tornado", afirmou a meteorologista do Climerh Gilsânia Araújo.
Para ela, a característica da área atingida é o fator mais notável da presença do tornado.
"Os estragos foram localizados em uma pequena faixa. Enquanto algumas casas foram destruídas, outros imóveis a pouco metros não apresentavam dano algum."
Conforme levantamentos do Climerh, a formação do tornado ocorreu em razão de o encontro de nuvens carregadas, que se formaram entre o norte da Argentina e o Paraguai, com uma frente fria vindo do Rio Grande do Sul.
Além dos ventos, a chuva castigou a cidade por cerca de duas horas.
Pelos cálculos da Defesa Civil, cerca de 500 casas tiveram parte de seus telhados arrancada. Ao menos quatro veículos foram destruídos pela queda de postes e árvores. Placas de ferro foram retorcidas durante a passagem do tornado.
Um galpão, utilizado como centro comunitário e que tinha capacidade para abrigar 2.000 pessoas, ficou danificado.
Durante a tarde, técnicos da Defesa Civil continuavam contabilizando os prejuízos na área. Até o início da noite, parte da cidade permanecia sem luz e telefone.
RS
A subida de 9,5 metros do rio Uruguai atingiu a fronteira oeste do Rio Grande do Sul e, apenas em Uruguaiana, deixou cerca de cem casas alagadas, com 430 pessoas desabrigadas pelas cheias --elas foram abrigadas em barracas e casas de parentes, amigos e voluntários.
O município (a 649 km de Porto Alegre) decretou situação de emergência. A Defesa Civil apurava nesta terça-feira os prejuízos. O cultivo de arroz também foi atingido: as lavouras de várzea foram alagadas.
Em São Borja, o rio Uruguai atingiu dez metros acima do nível normal, mas apenas duas famílias ficaram desabrigadas. Houve também fortes ventos.
Outros municípios da região, como Bagé, Alegrete, Dom Pedrito, Pinheiro Machado e Piratini, sofreram com o desabastecimento de energia. Houve cortes até a tarde de ontem em alguns locais, com milhares de prejudicados.
As chuvas foram acompanhadas de fortes ventos, que derrubaram 11 postes de energia elétrica no interior de Uruguaiana e 38 no interior de Alegrete.
O secretário estadual das Minas e Energia, Valdir Andres, afirmou que o grande volume de chuva verificado em dezembro no Estado garante o adiamento das medidas emergenciais para evitar uma crise energética.
Por enquanto, está descartado o despacho maior das usinas térmicas e a importação de energia da Argentina. Medidas emergenciais serão adotadas se ocorrer estiagem no verão, período de maior consumo de energia.
As chuvas, neste mês, provocaram o desabamento do telhado de uma escola em Antônio Prado (na serra gaúcha). Na ocasião, quatro crianças e um adulto morreram.
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Tornado atinge cidade em SC, causa prejuízos e deixa feridos
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da Agência Folha
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
Um tornado atingiu Campo Erê, no extremo oeste de Santa Catarina, na tarde desta segunda-feira (22), segundo o Climerh (Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina). Ainda não há registros sobre a velocidade alcançada pelos ventos.
Sete moradores ficaram feridos --nenhum corre risco de morte--, 500 casas foram danificadas. Cerca de 2.000 pessoas foram afetadas pela passagem do tornado, conforme informou a Defesa Civil. Até o final da tarde desta terça-feira não havia um número oficial de desabrigados.
Os feridos foram atingidos por pedaços de telhas e vidros arrancados pelo vento. O município decretou situação de emergência.
Conforme relato de moradores à Defesa Civil, uma nuvem preta cobriu a cidade por volta das 15h. Um prolongamento da nuvem, na forma de um cone invertido, foi visto por algumas pessoas. Logo após, fortes ventos atingiram o local, acompanhados de chuva intensa.
"Tomando por base o que algumas pessoas que presenciaram a tempestade disseram e pela destruição encontrada, não temos dúvidas em classificar o fenômeno como um tornado", afirmou a meteorologista do Climerh Gilsânia Araújo.
Para ela, a característica da área atingida é o fator mais notável da presença do tornado.
"Os estragos foram localizados em uma pequena faixa. Enquanto algumas casas foram destruídas, outros imóveis a pouco metros não apresentavam dano algum."
Conforme levantamentos do Climerh, a formação do tornado ocorreu em razão de o encontro de nuvens carregadas, que se formaram entre o norte da Argentina e o Paraguai, com uma frente fria vindo do Rio Grande do Sul.
Além dos ventos, a chuva castigou a cidade por cerca de duas horas.
Pelos cálculos da Defesa Civil, cerca de 500 casas tiveram parte de seus telhados arrancada. Ao menos quatro veículos foram destruídos pela queda de postes e árvores. Placas de ferro foram retorcidas durante a passagem do tornado.
Um galpão, utilizado como centro comunitário e que tinha capacidade para abrigar 2.000 pessoas, ficou danificado.
Durante a tarde, técnicos da Defesa Civil continuavam contabilizando os prejuízos na área. Até o início da noite, parte da cidade permanecia sem luz e telefone.
RS
A subida de 9,5 metros do rio Uruguai atingiu a fronteira oeste do Rio Grande do Sul e, apenas em Uruguaiana, deixou cerca de cem casas alagadas, com 430 pessoas desabrigadas pelas cheias --elas foram abrigadas em barracas e casas de parentes, amigos e voluntários.
O município (a 649 km de Porto Alegre) decretou situação de emergência. A Defesa Civil apurava nesta terça-feira os prejuízos. O cultivo de arroz também foi atingido: as lavouras de várzea foram alagadas.
Em São Borja, o rio Uruguai atingiu dez metros acima do nível normal, mas apenas duas famílias ficaram desabrigadas. Houve também fortes ventos.
Outros municípios da região, como Bagé, Alegrete, Dom Pedrito, Pinheiro Machado e Piratini, sofreram com o desabastecimento de energia. Houve cortes até a tarde de ontem em alguns locais, com milhares de prejudicados.
As chuvas foram acompanhadas de fortes ventos, que derrubaram 11 postes de energia elétrica no interior de Uruguaiana e 38 no interior de Alegrete.
O secretário estadual das Minas e Energia, Valdir Andres, afirmou que o grande volume de chuva verificado em dezembro no Estado garante o adiamento das medidas emergenciais para evitar uma crise energética.
Por enquanto, está descartado o despacho maior das usinas térmicas e a importação de energia da Argentina. Medidas emergenciais serão adotadas se ocorrer estiagem no verão, período de maior consumo de energia.
As chuvas, neste mês, provocaram o desabamento do telhado de uma escola em Antônio Prado (na serra gaúcha). Na ocasião, quatro crianças e um adulto morreram.
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