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29/12/2003 - 13h44

Entenda o caso sobre a morte de mulher e executivo da Shell

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da Folha Online

O diretor de Gás e Energia da Shell, Todd Staheli, 39, e sua mulher, Michelle, 36, morreram após serem golpeados, no dia 30 de novembro, em casa, no condomínio Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Staheli morreu no próprio dia 30. Michelle ficou internada em coma profundo e morreu na manhã do dia 4 no hospital Copa D'Or. O casal, de nacionalidade norte-americana, mudou-se para o Brasil havia apenas três meses, com os quatro filhos: três meninas --de 13, 8 e 3 anos-- e um menino de 10 anos.

O casal foi encontrado na cama, na manhã de domingo, pelo filho, que entrou no quarto atraído pelo despertador que não parava de tocar.

Staheli e Michelle foram atingidos por um objeto cortante, provavelmente uma machadinha, uma enxada ou uma tesoura de jardineiro, segundo a polícia. Nada foi roubado na casa e os portões não foram arrombados. A polícia também não encontrou vestígio de sangue pela residência, mesmo depois de usar luminol, substância capaz de revelar sinais de sangue após o lugar ser lavado.

Filhos

Para policiais da Delegacia de Homicídios, que investigam o caso, a filha mais velha é a principal testemunha do caso. Ela teria sido a última pessoa da casa a ir dormir na noite anterior ao crime.

Os dois filhos mais velhos de Michelle e Staheli e um casal de amigos americanos que prestou assistência às crianças após o crime foram obrigados pela Justiça a permanecer no país para que prestassem depoimento à polícia.

Ao ser ouvida, a menina de 13 anos disse que levou para a cama dela a irmã de três anos, que foi dormir entre as pernas do pai na madrugada do crime. Ela também contou ter retirado o travesseiro que cobria o rosto do pai após o assassinato.

Os quatro filhos do casal retornaram para os Estados Unidos no dia 11 de dezembro, após depoimento dos filhos mais velhos, de 10 e 13 anos, e de a polícia realizar a reconstituição do crime.

Uma machadinha encontrada na casa, e apontada inicialmente como a arma do crime, foi periciada pela polícia. Tanto a perícia quanto a contraprova realizados com luminol (substância que detecta vestígios de sangue não aparentes a olho nu) deram negativo.

Garotinho

O secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, chegou a sugerir que a polícia investiga a possível participação de familiares no crime.

"O criminoso conhecia em detalhes a própria casa", disse Garotinho. Depois, o secretário voltou atrás e disse que a única hipótese descartada para o crime é a de latrocínio (roubo seguido de morte).
 

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