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06/01/2004
-
10h42
da Folha Online
A Procuradoria Geral do Município do Rio vai entrar com uma ação na Justiça para tentar suspender a medida que obriga a identificação de turistas americanos.
Para o prefeito Cesar Maia (PFL), a identificação pode afetar o turismo.
"É algo incompreensível. Os Estados Unidos viveram uma tragédia terrível, mas isso nada tem a ver com a realidade do Brasil. A população brasileira não vive esses riscos, não há terror nem sob a forma de ameaça. O turista, que não sabe da decisão da Justiça alegando reciprocidade, fica pensando que no Brasil essa situação também existe. O resultado multiplicador desta informação é um desastre, porque o turismo se movimenta muita mais de boca a boca que através da propaganda", disse.
A decisão de identificar turistas americanos é do juiz Julier Sebastião da Silva, de Mato Grosso, e foi baseada no princípio da reciprocidade do direito internacional, após ação movida pelo procurador da República José Pedro Taques.
Durante encontro diplomático com o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Dennis Hastert, nesta segunda-feira (5), o prefeito do Rio voltou a lamentar a decisão judicial.
Desde ontem, todos os cidadãos brasileiros que viajarem para os Estados Unidos serão submetidos a sistema semelhante de identificação.
"Fichados"
Em São Paulo, a Polícia Federal começou dia 1º a "fichar" os americanos que desembarcam em Cumbica. A PF do Rio recebeu na última sexta-feira a ordem para a identificação de todo o cidadão americano.
Para agilizar o atendimento, a Polícia Federal em São Paulo mudou o procedimento de identificação no aeroporto de Cumbica, Guarulhos. Desde domingo, eles são fotografados e têm apenas a digital do polegar direito coletada. Antes, além da fotografia, eram retiradas as impressões digitais de todos os dedos.
Segundo o delegado Wagner Castilho, o tempo de identificação caiu de 6 minutos para "pouco mais de 1 minuto" com a mudança.
Pelo menos 300 turistas americanos enfrentaram nesta segunda-feira uma espera de cinco a sete horas dentro de uma sala do terminal 2 aeroporto internacional do Rio, na Ilha do Governador (zona norte), para serem fichados e liberados. Todos os dias o aeroporto recebe entre 500 e mil americanos.
Segundo informações de funcionários do aeroporto e de passageiros, apenas um policial federal estava disponível para tirar fotos e colher as impressões digitais dos turistas.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
Leia mais
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A Procuradoria Geral do Município do Rio vai entrar com uma ação na Justiça para tentar suspender a medida que obriga a identificação de turistas americanos.
Para o prefeito Cesar Maia (PFL), a identificação pode afetar o turismo.
"É algo incompreensível. Os Estados Unidos viveram uma tragédia terrível, mas isso nada tem a ver com a realidade do Brasil. A população brasileira não vive esses riscos, não há terror nem sob a forma de ameaça. O turista, que não sabe da decisão da Justiça alegando reciprocidade, fica pensando que no Brasil essa situação também existe. O resultado multiplicador desta informação é um desastre, porque o turismo se movimenta muita mais de boca a boca que através da propaganda", disse.
A decisão de identificar turistas americanos é do juiz Julier Sebastião da Silva, de Mato Grosso, e foi baseada no princípio da reciprocidade do direito internacional, após ação movida pelo procurador da República José Pedro Taques.
Durante encontro diplomático com o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Dennis Hastert, nesta segunda-feira (5), o prefeito do Rio voltou a lamentar a decisão judicial.
Desde ontem, todos os cidadãos brasileiros que viajarem para os Estados Unidos serão submetidos a sistema semelhante de identificação.
"Fichados"
Em São Paulo, a Polícia Federal começou dia 1º a "fichar" os americanos que desembarcam em Cumbica. A PF do Rio recebeu na última sexta-feira a ordem para a identificação de todo o cidadão americano.
Para agilizar o atendimento, a Polícia Federal em São Paulo mudou o procedimento de identificação no aeroporto de Cumbica, Guarulhos. Desde domingo, eles são fotografados e têm apenas a digital do polegar direito coletada. Antes, além da fotografia, eram retiradas as impressões digitais de todos os dedos.
Segundo o delegado Wagner Castilho, o tempo de identificação caiu de 6 minutos para "pouco mais de 1 minuto" com a mudança.
Pelo menos 300 turistas americanos enfrentaram nesta segunda-feira uma espera de cinco a sete horas dentro de uma sala do terminal 2 aeroporto internacional do Rio, na Ilha do Governador (zona norte), para serem fichados e liberados. Todos os dias o aeroporto recebe entre 500 e mil americanos.
Segundo informações de funcionários do aeroporto e de passageiros, apenas um policial federal estava disponível para tirar fotos e colher as impressões digitais dos turistas.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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