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06/01/2004
-
13h41
LUIZ ANDRÉ FERREIRA
da Folha Online, no Rio
A Polícia Federal tomou uma série de medidas no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim para agilizar o processo de "fichamento" de americanos que entram no Rio.
De acordo com a superintendência do órgão no Rio, a exigência de colher apenas as impressões digitais do polegar direito, ao invés de todos os dedos, já surtiu efeito positivo hoje. A liberação de menores de 12 anos foi outra atitude que ajudou a diminuir o tempo de espera, que chegou a sete horas na segunda feira.
Em São Paulo, o procedimento no aeroporto de Cumbica foi alterado no último domingo, também para agilizar o atendimento. Com isso, os turistas são fotografados e têm apenas a digital do polegar direito coletada. Antes, além da fotografia, eram retiradas as impressões digitais de todos os dedos.
Segundo o delegado Wagner Castilho, o tempo de identificação caiu de 6 minutos para "pouco mais de 1 minuto" com a mudança.
"Fichamento"
A Polícia Federal escalou dois profissionais para colherem as impressões digitais para a parte da manhã e três no turno da tarde devido a chegada de vôos simultâneos procedentes dos Estados Unidos nos dois terminais do aeroporto.
Pela manhã chegaram seis vôos procedentes de diversas regiões dos Estados Unidos ou com escala naquele país. Um total de 80 americanos foram fichados. A primeira aeronave, procedente do Japão, que fez uma escala em Miami recebendo dois casais de americanos, pousou por volta de 9h. Os japoneses não foram submetidos as novas medidas e como tinham somente dois americanos o processo demorou somente três minutos.
No final da manhã e início da tarde aumentou para 30 minutos, em média, o tempo gasto pelo turista americano para ser submetido as novas medidas. A estudante de antropologia da Universidade de Nova York Aliza Pescovatz, 20, foi uma das mais revoltadas. "Me senti uma criminosa porque nós americanos fazemos isso com todo mundo e aqui fazem somente conosco", disse a estudante, que chegou com um grupo de 31 turistas e vai passar 19 dias na cidade.
Já Márcia Sloane, 53, que veio de Los Angeles teme que a medida
tome proporções maiores. "Acho razoável que o Brasil faça o que os
americanos estão fazendo lá também. Só que acho isso tudo muito insano. Não sei aonde isso vai chegar".
Reciprocidade
A decisão de identificar turistas americanos é do juiz Julier Sebastião da Silva, de Mato Grosso, e foi baseada no princípio da reciprocidade do direito internacional, após ação movida pelo procurador da República José Pedro Taques.
Desde ontem, todos os cidadãos brasileiros que viajarem para os Estados Unidos serão submetidos a sistema semelhante de identificação.
Em São Paulo, a Polícia Federal começou dia 1º a "fichar" os americanos que desembarcam em Cumbica. A PF do Rio recebeu na última sexta-feira a ordem para a identificação de todo o cidadão americano.
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da Folha Online, no Rio
A Polícia Federal tomou uma série de medidas no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim para agilizar o processo de "fichamento" de americanos que entram no Rio.
De acordo com a superintendência do órgão no Rio, a exigência de colher apenas as impressões digitais do polegar direito, ao invés de todos os dedos, já surtiu efeito positivo hoje. A liberação de menores de 12 anos foi outra atitude que ajudou a diminuir o tempo de espera, que chegou a sete horas na segunda feira.
Em São Paulo, o procedimento no aeroporto de Cumbica foi alterado no último domingo, também para agilizar o atendimento. Com isso, os turistas são fotografados e têm apenas a digital do polegar direito coletada. Antes, além da fotografia, eram retiradas as impressões digitais de todos os dedos.
Segundo o delegado Wagner Castilho, o tempo de identificação caiu de 6 minutos para "pouco mais de 1 minuto" com a mudança.
"Fichamento"
A Polícia Federal escalou dois profissionais para colherem as impressões digitais para a parte da manhã e três no turno da tarde devido a chegada de vôos simultâneos procedentes dos Estados Unidos nos dois terminais do aeroporto.
Pela manhã chegaram seis vôos procedentes de diversas regiões dos Estados Unidos ou com escala naquele país. Um total de 80 americanos foram fichados. A primeira aeronave, procedente do Japão, que fez uma escala em Miami recebendo dois casais de americanos, pousou por volta de 9h. Os japoneses não foram submetidos as novas medidas e como tinham somente dois americanos o processo demorou somente três minutos.
No final da manhã e início da tarde aumentou para 30 minutos, em média, o tempo gasto pelo turista americano para ser submetido as novas medidas. A estudante de antropologia da Universidade de Nova York Aliza Pescovatz, 20, foi uma das mais revoltadas. "Me senti uma criminosa porque nós americanos fazemos isso com todo mundo e aqui fazem somente conosco", disse a estudante, que chegou com um grupo de 31 turistas e vai passar 19 dias na cidade.
Já Márcia Sloane, 53, que veio de Los Angeles teme que a medida
tome proporções maiores. "Acho razoável que o Brasil faça o que os
americanos estão fazendo lá também. Só que acho isso tudo muito insano. Não sei aonde isso vai chegar".
Reciprocidade
A decisão de identificar turistas americanos é do juiz Julier Sebastião da Silva, de Mato Grosso, e foi baseada no princípio da reciprocidade do direito internacional, após ação movida pelo procurador da República José Pedro Taques.
Desde ontem, todos os cidadãos brasileiros que viajarem para os Estados Unidos serão submetidos a sistema semelhante de identificação.
Em São Paulo, a Polícia Federal começou dia 1º a "fichar" os americanos que desembarcam em Cumbica. A PF do Rio recebeu na última sexta-feira a ordem para a identificação de todo o cidadão americano.
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