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25/01/2004 - 05h16

Morador elege Ibirapuera símbolo da cidade

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da Folha de S.Paulo

O local que foi inaugurado há 50 anos como símbolo do 4º Centenário de São Paulo é eleito, agora, o principal ícone da cidade.

O parque Ibirapuera foi escolhido pela maioria dos paulistanos como o lugar que mais representa a cidade e também o mais bonito.

A avenida Paulista, que havia ficado em primeiro lugar na preferência dos moradores em levantamento anterior realizado pelo Datafolha, agora passou para o segundo, tanto como aquele que melhor representa a cidade quanto como o mais bonito.



Os demais lugares mencionados como representativos de São Paulo são, pela ordem de número de citações: centro da cidade, praça da Sé, Museu do Ipiranga, vale do Anhangabaú, estação da Luz, Morumbi, praça da República, Teatro Municipal e os bairros Tatuapé e Mooca.

Os pontos da cidade que também foram relacionados como os mais bonitos são, sempre pela ordem: praça da Sé, Museu do Ipiranga, centro, Teatro Municipal, vale do Anhangabaú, Horto Florestal, praça da República, Morumbi, zoológico, Museu de Arte de São Paulo, parque do Carmo, estação da Luz e catedral da Sé.

Mas o paulistano não se furtou a nomear, estimulado pelo Datafolha, o lugar que considera o mais feio da cidade. Na verdade, não elegeu um primeiro colocado isolado, mas sim vários, com destaque para o que chamou genericamente de favelas.

Em uma aparente contradição com a escolha do lugar mais bonito, a praça da Sé, que naquele ranking ficou em terceiro lugar, aqui surge entre os pontos da cidade mais execrados pelos moradores, da mesma forma que o centro, segundo colocado na outra lista, ganha destaque nesta.

Os outros pontos de São Paulo integrantes do rol dos rejeitados são: rio Tietê, parque Dom Pedro, bairro do Brás, estação da Luz, praça da República, parque do Carmo, Capão Redondo, Cidade Tiradentes, Heliópolis, largo 13 de Maio, Guaianazes, Santo Amaro, Jardim Ângela, Baixada do Glicério, jardim da Luz, rua 25 de Março, largo da Concórdia, Minhocão e Carandiru.

O Datafolha apresentou aos paulistanos entrevistados uma relação de lugares públicos famosos da cidade para que eles dissessem quais conheciam, ainda que apenas de ouvir falar. Ficaram na primeira colocação, com 100% de citações, a avenida Paulista e a praça da Sé. Em segundo, com 99%, o parque Ibirapuera, a estação da Luz e a praça da República. Na ordem decrescente, foram lembrados: Museu do Ipiranga, estádio do Pacaembu, Teatro Municipal, Mercado Municipal, Masp, Memorial da América Latina e Pátio do Colégio.

Do total de entrevistados, 15% não souberam ou não quiseram citar nenhum local como o mais representativo da cidade. Quanto aos locais mais bonitos, 9% também nada apontaram ou não souberam qual escolheriam.
Por último, atingiu mais de um quarto do universo de entrevistados, 27%, a soma dos que não quiseram ou não souberam escolher o lugar mais feio.

Eleito por nada menos que 44% dos entrevistados como o lugar mais bonito de São Paulo, o parque Ibirapuera é o principal espaço público e a maior área de lazer da cidade. Mantém equipamentos de lazer, quadras esportivas, áreas de eventos, pistas de corrida, ciclovia, viveiro de plantas, o Museu de Arte Contemporânea e o Planetário da cidade.

Ele foi projetado para ser o grande presente à então emergente metrópole no dia dos seus 400 anos, mas a inauguração não fez parte das festas de 25 de janeiro de 1954, porque, devido a atrasos nas obras, o parque foi entregue ao público somente em 21 de agosto.

A área do Ibirapuera é de 1.584 mil m2 e seus três lagos artificiais interligados ocupam 157 mil m2.

Projeto de Oscar Niemeyer, o parque ostenta alguns dos principais ícones arquitetônicos da cidade, com a gigantesca marquise --28 mil m2 de área-- que faz a intercomunicação entre vários prédios, a abóbada da Oca e o pavilhão da Bienal. Este último emprestou seu nome, como "estilo Bienal", para designar a arquitetura moderna que floresceu no país a partir daquele período.

Talvez existam duas razões bem razoáveis para o fato de a população ter apontado as favelas em geral, e não um outro lugar em particular, como o que há de mais feio: as favelas, de fato, não correspondem aos padrões ditos normais de beleza urbana e podem ser encontradas nos quatro cantos da cidade.

De acordo com dados da prefeitura do ano passado, são 2.018 favelas espalhadas por todas as regiões da capital. Isso quer dizer que um total de 30,6 km2 estão recobertos por esse tipo de aglomeração habitacional, nos quais vivem quase 1,2 milhão de pessoas.

Um ponto que merece reflexão quanto às favelas e o impacto que elas causam no imaginário da população é o seu permanente crescimento, já que uma década atrás havia menos uma centena de favelas na cidade, abrigando cerca de 900 mil habitantes.

Ainda conforme os números oficiais da prefeitura, a maior favela de São Paulo continua sendo a Heliópolis, localizada no bairro do Sacomã, na saída da cidade em direção à via Anchieta e ao ABC, que tem 1 km2 de área.

Mas o bairro em que há a maior extensão de terreno favelado é o Grajaú, com 3,4 km2, seguido de Jardim Ângela, com 2,3 km2, Capão Redondo, com 1,7 km2, e de Jardim São Luiz, com 1,3 km2. Todos esses bairros ficam na zona sul da cidade.

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