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25/01/2004 - 05h20

Maioria nasceu fora da cidade

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da Folha de S.Paulo

Receita para enxergar uma face da desigualdade em São Paulo. Corte a população em três fatias: os nascidos na capital, os provenientes do interior do Estado e os vindos de outras partes do país.

Separe as faixas de renda e de escolaridade e depois compare. Os naturais de São Paulo representam 47% dos habitantes maiores de 16 anos ouvidos pelo Datafolha. Eles são mais expressivos nos grupos mais ricos e escolarizados.

O peso proporcional dos nascidos na capital é maior no grupo de renda familiar mensal acima de dez salários mínimos (58%). São 62% dos com ensino superior e apenas 30% daqueles que têm educação fundamental.



Os do interior do Estado são 11%. Possuem perfil parecido com os nativos e representam 18% dos que têm ensino superior.

São números que contrastam com os da população vinda do Nordeste, que é em maior proporção na faixa até cinco salários mínimos e no grupo de escolaridade fundamental. Os moradores que nasceram na Bahia, por exemplo, representam 11% dos ouvidos. Proporcionalmente, têm peso menor entre os que ganham acima de dez salários (5%) e os que têm formação superior (3%).

Os contrastes são menores quando se consideram os residentes vindos de Minas Gerais (Sudeste) e do Paraná (Sul).

A partir do final do século 19 e nas primeiras décadas do século 20, a cidade recebeu grande contingente de imigrantes, em especial italianos. A vinda de pessoas de outras partes do país ganhou intensidade nos anos 30.

O Censo 2000 revelou que a capital ainda recebe migrantes, notadamente do Nordeste, porém muitas pessoas deixam a cidade. De 1995 a 2000, mudaram-se para São Paulo 428 mil pessoas, mas 379 mil deixaram a capital.

A pesquisa Datafolha mostra que apenas 15% dos ouvidos têm pai nascido em São Paulo; 16% possuem mãe natural da cidade. Dos não-naturais, 11% chegaram à capital nos últimos seis anos.

Religião

Em 2003, o Datafolha detectou um crescimento dos que não têm religião na capital. Eles chegaram 10% --eram 7% em 2001. Houve mudanças nos percentuais de católicos (de 62% para 60%) e de pentecostais (de 17% para 16%), variações dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

 

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