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01/02/2004
-
08h50
da Folha de S.Paulo
Policiais civis são alvo de 68,5% das denúncias de tortura e espancamento feitas à Ouvidoria da Polícia de São Paulo. Os distritos policiais são os mais usados para a suposta prática, mas também há relatos de agressões na rua e, no caso da Polícia Militar, em bases comunitárias.
Das 103 denúncias feitas desde 2002 e que estão em apuração pelo órgão de controle, os policiais civis foram alvo de 70. Os PMs foram denunciados 32 vezes.
Para o ouvidor da polícia, Itajiba Farias Ferreira Cravo, esses números estão abaixo da realidade. Isso porque, segundo ele, muitos casos de lesões corporais dolosos (com intenção) são julgados pela Justiça Militar estadual.
"A lesão corporal dolosa e a tortura propriamente dita estão em uma linha tênue. São necessárias pessoas capacitadas para avaliar a distinção", disse o ouvidor, que defende a extinção da Justiça especial para PMs. "É o último resquício do regime militar."
Cravo afirmou, no entanto, que as últimas estatísticas mostram uma melhora do trabalho policial. O número de denúncias de espancamento e tortura caiu --foram 60 em 2003, contra 75 no ano anterior, incluindo as já apuradas. O número de policiais civis e militares demitidos ou expulsos cresceu. Foram 910 no ano passado, contra 551 em 2002.
Para o ouvidor, os críticos da defesa dos direitos humanos são divididos em dois grupos: os "burros" e os de "má-fé". "A maioria da população está entre os ignorantes. De má-fé são alguns políticos que se comportam como gigolôs da sociedade fragilizada pela criminalidade."
Policial civil é mais denunciado por tortura
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Policiais civis são alvo de 68,5% das denúncias de tortura e espancamento feitas à Ouvidoria da Polícia de São Paulo. Os distritos policiais são os mais usados para a suposta prática, mas também há relatos de agressões na rua e, no caso da Polícia Militar, em bases comunitárias.
Das 103 denúncias feitas desde 2002 e que estão em apuração pelo órgão de controle, os policiais civis foram alvo de 70. Os PMs foram denunciados 32 vezes.
Para o ouvidor da polícia, Itajiba Farias Ferreira Cravo, esses números estão abaixo da realidade. Isso porque, segundo ele, muitos casos de lesões corporais dolosos (com intenção) são julgados pela Justiça Militar estadual.
"A lesão corporal dolosa e a tortura propriamente dita estão em uma linha tênue. São necessárias pessoas capacitadas para avaliar a distinção", disse o ouvidor, que defende a extinção da Justiça especial para PMs. "É o último resquício do regime militar."
Cravo afirmou, no entanto, que as últimas estatísticas mostram uma melhora do trabalho policial. O número de denúncias de espancamento e tortura caiu --foram 60 em 2003, contra 75 no ano anterior, incluindo as já apuradas. O número de policiais civis e militares demitidos ou expulsos cresceu. Foram 910 no ano passado, contra 551 em 2002.
Para o ouvidor, os críticos da defesa dos direitos humanos são divididos em dois grupos: os "burros" e os de "má-fé". "A maioria da população está entre os ignorantes. De má-fé são alguns políticos que se comportam como gigolôs da sociedade fragilizada pela criminalidade."
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