Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/02/2004 - 03h11

Depois de tiroteio, moradores da Rocinha realizam ato pela paz

Publicidade

TALITA FIGUEIREDO
da Folha de S.Paulo, no Rio

Ainda assustados com o tiroteio de anteontem, que deixou uma mulher morta e quatro pessoas feridas na Rocinha (São Conrado, zona sul do Rio), cerca de 200 moradores da favela fizeram ontem uma manifestação pela paz.

Eles reclamam da suposta truculência de PMs, que têm feito freqüentes operações na favela por causa de uma suposta guerra interna entre membros da facção criminosa CV (Comando Vermelho) --dona dos pontos-de-venda de drogas na favela.

Segundo o presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, William de Oliveira, o ato ficou esvaziado por causa da operação policial de anteontem. Ele esperava reunir 4.000 pessoas. O ato, intitulado "A Paz que a Rocinha Traz", ocorreu na entrada principal da Rocinha. O grupo de teatro "Roça Caça Cultura" usou atores acorrentados para representar a violência policial. Balões brancos e quadros foram expostos na passarela que dá acesso à Rocinha.

A associação planeja pedir audiência com o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça). Eles entregarão nesta semana uma carta à governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB).

Anteontem à noite, durante a ação da polícia, a evangélica Regina Célia Rodrigues de Moura, 33, morreu com um tiro na cabeça. Também ficaram feridos Carlos Alberto da Silva Pires Franco, 22, e Washington Luiz Joaquim, 40, que está preso acusado de tráfico.

O comandante do 23º BPM, coronel Jorge Braga, presente no ato, disse que o batalhão faz "operações de cerco, para evitar que entrem drogas e armas na favela, enquanto o Bope [Batalhão de Operações Especiais] faz as operações dentro da Rocinha".

O comandante do Bope, coronel Fernando Príncipe, negou que os policiais que sejam agressivos.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página