Publicidade
Publicidade
13/02/2004
-
17h08
LÍVIA MARRA
Editora de Cotidiano da Folha Online
Depois de passar quase três anos em Taiwan, o menino Iruan Ergui Wu, 8, chegou na noite desta quinta-feira (12) em Canoas (RS) e foi recebido com uma festa que se estendeu pela madrugada.
"Ele está brincando, jogando bola. Está se entrosando bem", disse Etna Borkert, diretora da Escola Comunitária Dr. Martinho Lutero, onde o menino estudava antes de viajar para Taiwan e onde deverá continuar os estudos.
"As aulas começam dia 26, mas ele não irá nos primeiros dias por causa do grande movimento. Queremos preservá-lo", disse. Ela esteve na festa preparada pela família para receber Iruan e deverá manter contato constante com o menino.
Iruan havia sido levado para Taiwan pelo pai, o capitão da marinha mercante Teng-Shu Wu, em março de 2001, para conhecer a terra natal da família paterna. Wu morreu uma semana depois. Os parentes, então, se recusaram a devolver Iruan para a avó materna, a brasileira Rosa Leocádia Ergui, 51, que mora em Canoas.
Na última segunda-feira, após decisão judicial, policiais retiraram o garoto da casa onde morava em Taiwan à força. A Justiça já havia determinado que a família entregasse o garoto outras três vezes.
A família brasileira de Iruan preparou uma festa que contou, segundo parentes, com muito brigadeiro, bolinho de arroz --suas comidas preferidas-- e refrigerante. A reportagem não conseguiu localizar a avó de Iruan, por telefone, nesta sexta-feira.
Gestos
Iruan ainda estranha a diferença do idioma. "Ele entende tudo, faz o que a gente pede, responde por gestos. Quando está sozinho com a avó ele fala mais", disse à Folha Online Etna Borkert.
No entanto, de acordo com a diretora da escola, Iruan não deixou de brincar. "Ele joga bola, videogame, brinca com os outros e responde por gestos", afirma.
Viagem
O menino desembarcou às 16h30 desta quinta-feira no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, acompanhado da tia com quem morava em Taiwan, de uma tradutora, do diplomata Paulo Antônio Pereira Pinto, além de um assessor parlamentar e de dois advogados taiwaneses.
A viagem do menino foi custeada pelo governo brasileiro, por se tratar de repatriação, afirma o Ministério das Relações Exteriores.
Durante a viagem de mais de 30 horas, o menino dormiu na maior parte do tempo e jogou videogame. Em Hong Kong, onde esperou durante cerca de nove horas o vôo para a África do Sul, Iruan comprou vários cartuchos de jogos eletrônicos, além de presentes para a avó e o irmão, que moram em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre.
Familiares de Iruan em Hong Kong enviaram chocolates e caixas de chá para a família brasileira do menino. Em São Paulo, ele ganhou de presente uma camisa do Grêmio, time para o qual torce.
A rua onde fica a casa da família Ergui, no bairro Cinco Colônias, foi interditada pela Brigada Militar nesta quinta-feira para evitar a aproximação de curiosos.
Com Agência Folha e Folha de S.Paulo
Iruan estranha idioma, mas brinca e aguarda o início das aulas
Publicidade
Editora de Cotidiano da Folha Online
Depois de passar quase três anos em Taiwan, o menino Iruan Ergui Wu, 8, chegou na noite desta quinta-feira (12) em Canoas (RS) e foi recebido com uma festa que se estendeu pela madrugada.
"Ele está brincando, jogando bola. Está se entrosando bem", disse Etna Borkert, diretora da Escola Comunitária Dr. Martinho Lutero, onde o menino estudava antes de viajar para Taiwan e onde deverá continuar os estudos.
"As aulas começam dia 26, mas ele não irá nos primeiros dias por causa do grande movimento. Queremos preservá-lo", disse. Ela esteve na festa preparada pela família para receber Iruan e deverá manter contato constante com o menino.
Iruan havia sido levado para Taiwan pelo pai, o capitão da marinha mercante Teng-Shu Wu, em março de 2001, para conhecer a terra natal da família paterna. Wu morreu uma semana depois. Os parentes, então, se recusaram a devolver Iruan para a avó materna, a brasileira Rosa Leocádia Ergui, 51, que mora em Canoas.
Na última segunda-feira, após decisão judicial, policiais retiraram o garoto da casa onde morava em Taiwan à força. A Justiça já havia determinado que a família entregasse o garoto outras três vezes.
Bruno Domingos/Reuters |
O menino Iruan ao desembarcar em São Paulo |
Gestos
Iruan ainda estranha a diferença do idioma. "Ele entende tudo, faz o que a gente pede, responde por gestos. Quando está sozinho com a avó ele fala mais", disse à Folha Online Etna Borkert.
No entanto, de acordo com a diretora da escola, Iruan não deixou de brincar. "Ele joga bola, videogame, brinca com os outros e responde por gestos", afirma.
Viagem
O menino desembarcou às 16h30 desta quinta-feira no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, acompanhado da tia com quem morava em Taiwan, de uma tradutora, do diplomata Paulo Antônio Pereira Pinto, além de um assessor parlamentar e de dois advogados taiwaneses.
A viagem do menino foi custeada pelo governo brasileiro, por se tratar de repatriação, afirma o Ministério das Relações Exteriores.
Durante a viagem de mais de 30 horas, o menino dormiu na maior parte do tempo e jogou videogame. Em Hong Kong, onde esperou durante cerca de nove horas o vôo para a África do Sul, Iruan comprou vários cartuchos de jogos eletrônicos, além de presentes para a avó e o irmão, que moram em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre.
Familiares de Iruan em Hong Kong enviaram chocolates e caixas de chá para a família brasileira do menino. Em São Paulo, ele ganhou de presente uma camisa do Grêmio, time para o qual torce.
A rua onde fica a casa da família Ergui, no bairro Cinco Colônias, foi interditada pela Brigada Militar nesta quinta-feira para evitar a aproximação de curiosos.
Com Agência Folha e Folha de S.Paulo
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice