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13/02/2004 - 18h10

Justiça autoriza quebra de sigilo de suspeitos no caso Staheli

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da Folha Online

A juíza Maria Angélica Guimarães Guerra, do 4º Tribunal do Júri do Rio, autorizou a quebra do sigilo telefônico de suspeitos de envolvimento no assassinato do executivo da Shell Zera Todd Staheli e sua mulher, Michelle. O crime ocorreu no dia 30 de novembro.

A quebra de sigilo de 14 linhas telefônicas foi pedida pelo Ministério Público Estadual. Policiais da Subsecretaria de Inteligência e da 16ª DP (Delegacia de Polícia) investigam a hipótese de pedreiros que trabalhavam na casa das vítimas terem sido contratados por um ex-colega de trabalho de Staheli, que atualmente reside no exterior, para matar o casal.

Segundo essa linha de investigação, o executivo teria sido morto por razões profissionais. Staheli trabalhava na construção do gasoduto Brasil-Bolívia.

De acordo com o Ministério Público, a maioria dos operários tinha antecedentes criminais. A quebra de sigilo é essencial pois permitiria saber se há telefonemas entre os operários e o ex-colega de Staheli.

Investigação

Em nota emitida nesta quinta-feira (12), a Secretaria da Segurança Pública afirma que a polícia ainda examina cinco das 15 linhas iniciais de investigação para a morte do casal.

Os investigadores foram orientados a, por enquanto, não fornecer informações à imprensa. "A medida tem o objetivo de preservar o que foi apurado até aqui e, ao mesmo tempo, evitar que eventuais especulações possam prejudicar a investigação em curso", afirma a secretaria.

A Shell afirma que Staheli nunca informou a empresa sobre possíveis ameaças. "A empresa reafirma que em momento algum o Sr. Todd Staheli informou que vinha sofrendo pressão profissional, nem tem qualquer indicação que essas atividades tenham alguma ligação com o ocorrido", diz nota emitida pela Shell.

Crime

O casal foi golpeado em casa, em um condomínio na Barra da Tijuca (zona oeste), enquanto dormia. Zera Todd, executivo da Shell, morreu no mesmo dia. Michelle, quatro dias depois.

As vítimas foram atingidas por um objeto cortante. Nada foi roubado na casa e os portões não foram arrombados. A polícia também não encontrou vestígio de sangue pela residência, mesmo depois de usar luminol, substância capaz de revelar sinais de sangue após o lugar ser lavado.

Especialistas em DNA da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) encontraram sob uma unha da mão direita de Michelle Staheli material genético (células que podem ser de pele ou de sangue, por exemplo) de um homem. A descoberta pode ajudar a identificar o assassino.

Com Folha de S.Paulo, no Rio

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