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31/08/2000
-
19h59
EDUARDO DE OLIVEIRA
da Agência Folha
A Polícia Civil de Teresina (PI) está investigando a morte de Eder Willian de Castro Bastos, 17, que foi linchado na madrugada de ontem. Teriam participado do linchamento cerca de cem taxistas da capital, segundo a polícia. O adolescente era suspeito de ter assassinado um motorista de táxi.
O delegado responsável pelo caso, Adelardo Leal, disse que o adolescente foi abordado, no trevo conhecido como Ladeira do Uruguai, por um grupo de taxistas quando viajava em um ônibus de Teresina a Parnaíba.
Fora do veículo, Bastos foi agredido com pedaços de madeira, barras de ferro e pedras. Testemunhas afirmam que um facão foi usado no linchamento. O adolescente chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Getúlio Vargas.
O laudo do Instituto Médico Legal indica que a morte foi causada por traumatismo craniano. O exame constatou também que o dedo médio da mão esquerda havia sido amputado.
O adolescente morto era suspeito de ter assassinado a facadas o taxista Edgar Vieira de Moura, 35, no dia 11 do mês passado, em um bairro da periferia de Teresina.
Bastos chegou a ser recolhido ao Complexo de Defesa da Cidadania, mas foi liberado por falta de provas.
O presidente do Sindicato dos Taxistas, George Rodrigues, que inicialmente defendera a ação dos taxistas, mudou o tom de seu discurso ontem ao comentar o fato. "Fiz aqueles comentários num momento de emoção".
À imprensa local, confirmou Rodrigues à Agência Folha, ele dissera que "bandido bom é bandido morto". Hoje, Rodrigues atribuiu o crime ao "pânico" que os taxistas sentem. "Foi por medo de que novos crimes aconteçam que eles fizeram aquilo. Eu sei que um erro não compensa o outro, mas, neste momento, apoio a categoria", declarou o presidente do sindicato.
O Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente protocolam amanhã no Ministério Público uma representação contra Rodrigues pedindo que ele seja incluído no inquérito que apura o caso.
Leia mais notícias de cotidiano na Folha Online
Jovem suspeito de assassinato de taxista é linchado no Piauí
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da Agência Folha
A Polícia Civil de Teresina (PI) está investigando a morte de Eder Willian de Castro Bastos, 17, que foi linchado na madrugada de ontem. Teriam participado do linchamento cerca de cem taxistas da capital, segundo a polícia. O adolescente era suspeito de ter assassinado um motorista de táxi.
O delegado responsável pelo caso, Adelardo Leal, disse que o adolescente foi abordado, no trevo conhecido como Ladeira do Uruguai, por um grupo de taxistas quando viajava em um ônibus de Teresina a Parnaíba.
Fora do veículo, Bastos foi agredido com pedaços de madeira, barras de ferro e pedras. Testemunhas afirmam que um facão foi usado no linchamento. O adolescente chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Getúlio Vargas.
O laudo do Instituto Médico Legal indica que a morte foi causada por traumatismo craniano. O exame constatou também que o dedo médio da mão esquerda havia sido amputado.
O adolescente morto era suspeito de ter assassinado a facadas o taxista Edgar Vieira de Moura, 35, no dia 11 do mês passado, em um bairro da periferia de Teresina.
Bastos chegou a ser recolhido ao Complexo de Defesa da Cidadania, mas foi liberado por falta de provas.
O presidente do Sindicato dos Taxistas, George Rodrigues, que inicialmente defendera a ação dos taxistas, mudou o tom de seu discurso ontem ao comentar o fato. "Fiz aqueles comentários num momento de emoção".
À imprensa local, confirmou Rodrigues à Agência Folha, ele dissera que "bandido bom é bandido morto". Hoje, Rodrigues atribuiu o crime ao "pânico" que os taxistas sentem. "Foi por medo de que novos crimes aconteçam que eles fizeram aquilo. Eu sei que um erro não compensa o outro, mas, neste momento, apoio a categoria", declarou o presidente do sindicato.
O Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente protocolam amanhã no Ministério Público uma representação contra Rodrigues pedindo que ele seja incluído no inquérito que apura o caso.
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