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18/02/2004
-
19h00
da Folha Online
O juiz Marco Antonio Martin Vargas recebeu nesta quarta-feira a denúncia apresentada pelo Ministério Público e decretou a prisão preventiva dos sete policiais militares acusados de matar o dentista Flávio Sant'Ana e de forjar provas contra ele. O crime ocorreu no último dia 3, na zona norte de São Paulo.
Carlos Alberto de Souza Santos, Luciano José Dias e Ricardo Arce Rivera foram denunciados (acusados formalmente) por homicídio duplamente qualificado (impossibilidade de defesa e motivo torpe). Rivera é denunciado ainda, como Ivanildo da Cruz, Deivis Lourenço, Edson Assunção e Magno Morais, por fraude processual --a simulação de uma reação à abordagem foi registrada na ocorrência.
O juiz marcou interrogatório dos acusados para o dia 19 de março, às 14h.
Morte
Sant'Ana foi morto depois de ser confundido com um ladrão. Os policiais disseram que uma suposta testemunha reconheceu o dentista como assaltante que teria levado seu dinheiro. Dias depois, a versão da testemunha foi desmentida na delegacia. Os PMs foram levados para o presídio Romão Gomes após o crime.
O secretário nacional Nilmário Miranda (Direitos Humanos) visitou a família do dentista, na Vila Matilde (zona leste), nesta terça-feira. Ele disse que o órgão criará um serviço telefônico gratuito para denúncias de violações de direitos humanos e uma comissão para acompanhar a investigação.
"Esse caso reúne três elementos: o modo como foi feita a abordagem, sem deixar nenhuma chance para que ele esclarecesse quem ele era, o fato de atirar para matar, não para imobilizar, e a conotação racista [o dentista era negro]."
Com Agora e Folha de S.Paulo
Juiz decreta prisão preventiva de PMs acusados de matar dentista
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O juiz Marco Antonio Martin Vargas recebeu nesta quarta-feira a denúncia apresentada pelo Ministério Público e decretou a prisão preventiva dos sete policiais militares acusados de matar o dentista Flávio Sant'Ana e de forjar provas contra ele. O crime ocorreu no último dia 3, na zona norte de São Paulo.
Carlos Alberto de Souza Santos, Luciano José Dias e Ricardo Arce Rivera foram denunciados (acusados formalmente) por homicídio duplamente qualificado (impossibilidade de defesa e motivo torpe). Rivera é denunciado ainda, como Ivanildo da Cruz, Deivis Lourenço, Edson Assunção e Magno Morais, por fraude processual --a simulação de uma reação à abordagem foi registrada na ocorrência.
O juiz marcou interrogatório dos acusados para o dia 19 de março, às 14h.
Morte
Sant'Ana foi morto depois de ser confundido com um ladrão. Os policiais disseram que uma suposta testemunha reconheceu o dentista como assaltante que teria levado seu dinheiro. Dias depois, a versão da testemunha foi desmentida na delegacia. Os PMs foram levados para o presídio Romão Gomes após o crime.
O secretário nacional Nilmário Miranda (Direitos Humanos) visitou a família do dentista, na Vila Matilde (zona leste), nesta terça-feira. Ele disse que o órgão criará um serviço telefônico gratuito para denúncias de violações de direitos humanos e uma comissão para acompanhar a investigação.
"Esse caso reúne três elementos: o modo como foi feita a abordagem, sem deixar nenhuma chance para que ele esclarecesse quem ele era, o fato de atirar para matar, não para imobilizar, e a conotação racista [o dentista era negro]."
Com Agora e Folha de S.Paulo
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