Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/02/2004 - 17h21

Justiça determina que cantor Belo faça shows apenas no Rio

Publicidade

da Folha Online

Condenado em dezembro de 2003 a oito anos de prisão por tráfico e associação para o tráfico de drogas, o cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, só poderá fazer shows no município do Rio. A decisão é do ministro Felix Fischer, que manteve a posição do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Nilson Naves.

Em janeiro, o cantor foi beneficiado por um habeas corpus concedido também pelo STJ. Após Naves decidir que Belo não poderia sair do Rio, a defesa do cantor ingressou com um pedido requerendo a permissão para que ele realizasse apresentações em municípios do Estado do Rio de Janeiro e de São Paulo.

A defesa alegou que o cantor depende dos shows para cumprir seus compromissos. "Dezenas de outras pessoas, seus auxiliares na realização dos seus espetáculos, direta ou indiretamente também dele dependem", disse a defesa, de acordo com o STJ.

Ao indeferir o pedido, o ministro Felix Fischer argumentou que, apesar das razões expedidas pela defesa, não vislumbra qualquer motivo para se alterar as condições estabelecidas pelo presidente do STJ.

Sentença

No ano passado, o cantor foi indiciado pela Polícia Civil e, após uma semana foragido, se apresentou e ficou cerca de um mês preso na DAS (Delegacia Anti-Sequestro), mas foi beneficiado por um habeas corpus. Belo havia sido condenado, no final de dezembro de 2002, a seis anos de prisão. A sentença foi divulgada no começo de janeiro, mas ele obteve o direito de recorrer em liberdade.

No entanto, ao analisar recurso da Promotoria, os desembargadores da 8ª Câmara Criminal aumentaram a pena e expediram novo mandado de prisão contra o cantor, em dezembro.

O desembargador Flávio Magalhães afirmou que Belo teve a pena aumentada por "sua conduta censurável ter repercutido de forma desfavorável nos admiradores adolescentes", de acordo com o TJ.

Crime

As suspeitas de envolvimento de Belo com traficantes surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, em abril de 2002. Os grampos revelaram conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (zona norte). Vado foi morto em 20 de agosto do ano passado, durante confronto com policiais militares na favela.

Nas conversas telefônicas interceptadas, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um "tênis AR" para Belo. Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página