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21/02/2004
-
07h32
ANA FLOR
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Uma equipe de Brasília do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) vai acompanhar "in loco" o caso de morte de animais no Zoológico do Estado de São Paulo. Para o órgão, a situação "escapou de um padrão".
Responsável pelo registro de zoológicos e criadouros de animais silvestres e exóticos no país, a autarquia decidiu antecipar a vistoria de rotina que faria no local até o final do ano. Dependendo do resultado das investigações, o zoológico pode sofrer sanções.
Desde 24 de janeiro, 30 animais morreram no local --oito entre ontem e anteontem. Em pelo menos treze casos, há sinais de envenenamento (testes toxicológicos positivos ou sintomas).
Uma das maiores preocupações do Ibama é que a mortandade atinja espécies ameaçadas de extinção, que ficam em área isolada e fora de exposição. Na quinta-feira, a autarquia mandou dois técnicos especificamente para examinar a situação dos animais, mantidos no zoológico para a reprodução.
Nas últimas semanas, técnicos do Ibama de Brasília e de São Paulo fizeram visitas ao zoológico. Agora, com o agravamento do caso, a autarquia decidiu manter uma equipe permanente. "[A situação] já escapou de um padrão", diz o coordenador-geral de Fauna do Ibama, Ricardo José Soavinski. Ele afirma que é normal mortes ao longo do ano, mas não tão concentradas.
Soavinski afirma que os zoológicos precisam seguir normas que garantam bom tratamento aos animais e a segurança dos visitantes. O controle dos roedores, atraídos pelo alimento dos bichos, faz parte dessas regras.
"Eles acabam competindo com os animais pela ração", diz Soavinski. Se a falta de controle de roedores ameaça visitantes, o excesso põe em perigo os bichos. Para isso, diz ele, existem protocolos de manejo que também controlam o tipo de substância que pode ou não ser utilizada no combate às pragas.
Listagem
Até agosto, a Coordenação de Fauna quer implantar um sistema de controle de todas as espécies em cativeiro do país.
A listagem de animais existentes, de nascimentos e de mortes, tem por objetivo principal combater o tráfico de espécies, mas também irá identificar, com maior rapidez, anormalidades como a morte em massa que ocorre em São Paulo.
Ibama vai acompanhar investigação no zôo
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Uma equipe de Brasília do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) vai acompanhar "in loco" o caso de morte de animais no Zoológico do Estado de São Paulo. Para o órgão, a situação "escapou de um padrão".
Responsável pelo registro de zoológicos e criadouros de animais silvestres e exóticos no país, a autarquia decidiu antecipar a vistoria de rotina que faria no local até o final do ano. Dependendo do resultado das investigações, o zoológico pode sofrer sanções.
Desde 24 de janeiro, 30 animais morreram no local --oito entre ontem e anteontem. Em pelo menos treze casos, há sinais de envenenamento (testes toxicológicos positivos ou sintomas).
Uma das maiores preocupações do Ibama é que a mortandade atinja espécies ameaçadas de extinção, que ficam em área isolada e fora de exposição. Na quinta-feira, a autarquia mandou dois técnicos especificamente para examinar a situação dos animais, mantidos no zoológico para a reprodução.
Nas últimas semanas, técnicos do Ibama de Brasília e de São Paulo fizeram visitas ao zoológico. Agora, com o agravamento do caso, a autarquia decidiu manter uma equipe permanente. "[A situação] já escapou de um padrão", diz o coordenador-geral de Fauna do Ibama, Ricardo José Soavinski. Ele afirma que é normal mortes ao longo do ano, mas não tão concentradas.
Soavinski afirma que os zoológicos precisam seguir normas que garantam bom tratamento aos animais e a segurança dos visitantes. O controle dos roedores, atraídos pelo alimento dos bichos, faz parte dessas regras.
"Eles acabam competindo com os animais pela ração", diz Soavinski. Se a falta de controle de roedores ameaça visitantes, o excesso põe em perigo os bichos. Para isso, diz ele, existem protocolos de manejo que também controlam o tipo de substância que pode ou não ser utilizada no combate às pragas.
Listagem
Até agosto, a Coordenação de Fauna quer implantar um sistema de controle de todas as espécies em cativeiro do país.
A listagem de animais existentes, de nascimentos e de mortes, tem por objetivo principal combater o tráfico de espécies, mas também irá identificar, com maior rapidez, anormalidades como a morte em massa que ocorre em São Paulo.
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