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21/02/2004 - 07h07

Número de mortes sobe para 30 no Zoológico de SP

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da Folha de S.Paulo

O Zoológico de São Paulo encaminhou para análise toxicológica material de outros oito animais, que morreram entre ontem e quinta-feira na unidade.

Trinta óbitos, registrados a partir de 24 de janeiro, estão sob investigação policial. Até agora, segundo a Fundação Zoológico, em apenas oito houve confirmação de envenenamento por raticida.

Entre o fim da tarde do dia 19 e ontem morreram um araçari-banana (tipo de tucano), duas tartarugas, um papagaio e outros quatro porcos-espinhos --quatro porcos já tinham morrido entre os dias 16 e 18.

Nos últimos 17 casos, os bichos não apresentaram sintomas de envenenamento, como asfixia e convulsões, que apareceram nos demais animais. A necropsia aponta outras doenças e lesões nos 17 casos, mas o zôo não descarta o envenenamento até a conclusão do laudo.

O araçari-banana apresentava quadro de pneumonia, as tartarugas tiveram retenção de ovos, o papagaio, hepatite, e os quatro porcos lesões após uma briga.

"Nada está descartado da suspeita de intoxicação", disse Mário Borges, biólogo da área de divulgação do zôo.

O zoológico não tinha, ontem, dados sobre a média de mortes de animais na área por período. Segundo Borges, "qualquer número acima de duas mortes chama atenção." Ele disse que já houve casos de infecções que se espalharam para vários animais.

A fundação distribuirá aos visitantes 5.000 panfletos com a frase "vamos defender os animais do zoológico com unhas e dentes" e o telefone da polícia para denúncias: 0/XX/11/3032-3234.

"Queremos cada vez mais ajuda. Tudo leva a crer que a causa principal é envenenamento."

O zoológico trocou funcionários da área de alimentação e dobrou o número de seguranças, agora dezoito por turno.

Peritos do IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo trabalham na análise de cerca de 40 amostras de material.

O prazo inicial de dez dias para a conclusão dos exames, que se encerraria nesta semana, foi prolongado. As análises se concentram nos alimentos recolhidos, em substâncias encontradas nas vísceras e nas amostras de terra dos locais onde os bichos viviam.
 

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