Publicidade
Publicidade
21/02/2004
-
10h26
da Folha Online
O primeiro dia de desfile das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo foi marcado por problemas em carros alegóricos. A Unidos do Peruche, que abriu o Carnaval, teve quatro dos seus cinco carros danificados antes de entrar na passarela, mas conseguiu apresentar as alegorias ao público. Já a Gaviões da Fiel --campeã do ano passado-- perdeu oito pontos.
O último carro alegórico, que fazia homenagem ao Corinthians, ficou preso na grade de proteção, por problemas mecânicos, e demorou para sair da área de desfile. A Gaviões só conseguiu chegar na dispersão após 73 minutos de apresentação. O tempo estabelecido pelo regulamento é de 65 minutos.
Além de ficar preso, o carro causou vários acidentes. A escultura de um jogador na alegoria derrubou uma das caixas de som e um relógio. Cinco pessoas ficaram feridas. Uma mulher foi atingida pelo relógio nas costas.
"Mesmo com todos os problemas, o desfile vai marcar história. Quebrar é um fato que acontece", disse Douglas de Húngaro, um dos diretores da Gaviões.
A Gaviões da Fiel foi a quinta a desfilar hoje em São Paulo. A escola, que já foi quatro vezes campeã do Carnaval de São Paulo, está tentando seu terceiro título consecutivo. Com a perda dos pontos é pouco provável que a escola consiga ganhar o campeonato em 2004.
Homenagem
O primeiro dia dos desfiles, que neste ano tem obrigatoriamente como tema a cidade de São Paulo, pela comemoração aos 450 anos, foi marcado por homenagens à tradição gastronômica da cidade.
Três escolas --Águia de Ouro, Acadêmicos do Tucuruvi e X-9 Paulistana-- trouxeram enredos sobre alimentação na cidade --ou falta dela, no caso da escola de Tucuruvi, que falou sobre a abundância do Ceagesp e do combate à fome.
A Águia de Ouro levou para a avenida os 450 anos da gastronomia da cidade e teve como destaque principal a apresentadora Ana Maria Braga, conhecida pelas dicas de culinária de seu programa diário.
Já a X-9, primeira escola a desfilar com o dia claro, exibiu pratos cotidianos do paulistano, como "peru à Califórnia" e "pastel de feira".
São Paulo
A escola de samba Acadêmicos do Tatuapé, que retornou após 28 anos ao Grupo Especial, foi a segunda escola a desfilar. A escola teve como enredo a origem do bairro, cujo nome significa "caminho do tatu" em língua indígena.
A Unidos de Vila Maria prestou homenagem aos 450 anos de São Paulo falando dos povos de outras regiões do país que ajudaram a construir a cidade.
Já a Camisa Verde e Branco comemorou seus 50 anos na avenida com o enredo que fala sobre a história da escola, que fica no bairro da Barra Funda.
Ocorrências
O desfile não teve registro de ocorrências policiais graves. Conforme informações da delegacia montada perto do sambódromo, foram feitos seis boletins de ocorrência, entre eles, embriaguez e furto do toca-fitas de um carro que estava estacionado na região. Ninguém foi preso.
Já os médicos tiveram trabalho durante o Carnaval. O posto de emergência do local atendeu 93 casos, a maioria por queda de pressão e dor de cabeça.
Mais festa
A segunda noite de desfile será de polêmica. No sambódromo, haverá um enredo sobre fé, uma santa em carro alegórico e casais simulando sexo.
A festa começa com a Barroca Zona Sul, que desfila, a partir das 22h deste sábado. "Não quero problemas com a Igreja Católica. Não vou representar nada que seja específico de uma religião. Quero apenas mostrar a diversidade de crenças que convivem em São Paulo", disse o carnavalesco Augusto de Oliveira. A escola de samba recebeu até ofício da Cúria Metropolitana, representante dos católicos, pedindo explicações sobre o enredo.
Exatamente para evitar esse tipo de pressão, a Vai-Vai, a quarta escola a desfilar, escondeu o seu maior segredo.
Uma imagem de Nossa Senhora Achiropita --símbolo religioso do Bexiga, bairro onde a Vai-Vai nasceu-- fará parte do terceiro carro alegórico da escola. A imagem sairá de dentro de uma igreja, mas só durante o desfile. "Posso terminar a apresentação preso, mas não vou deixar de fazer a surpresa", conta o carnavalesco da escola, Lane Santana.
Em minutos, o Anhembi viajará do sagrado ao profano. Logo depois da Vai-Vai, entrará em cena a Leandro de Itaquera e suas armas mundanas para conquistar o público. Num único carro alegórico, a escola reunirá oito casais seminus simulando sexo.
"Vamos resgatar o nu com muita categoria", garante o carnavalesco Anderson Paulino. Na escola, estará a atriz Thais Araújo, a Preta de "Da Cor do Pecado".
Com Agora
Especial
Fique por dentro do Carnaval 2004
Gaviões da Fiel tem problema em carro alegórico e perde 8 pontos
Publicidade
O primeiro dia de desfile das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo foi marcado por problemas em carros alegóricos. A Unidos do Peruche, que abriu o Carnaval, teve quatro dos seus cinco carros danificados antes de entrar na passarela, mas conseguiu apresentar as alegorias ao público. Já a Gaviões da Fiel --campeã do ano passado-- perdeu oito pontos.
O último carro alegórico, que fazia homenagem ao Corinthians, ficou preso na grade de proteção, por problemas mecânicos, e demorou para sair da área de desfile. A Gaviões só conseguiu chegar na dispersão após 73 minutos de apresentação. O tempo estabelecido pelo regulamento é de 65 minutos.
Além de ficar preso, o carro causou vários acidentes. A escultura de um jogador na alegoria derrubou uma das caixas de som e um relógio. Cinco pessoas ficaram feridas. Uma mulher foi atingida pelo relógio nas costas.
"Mesmo com todos os problemas, o desfile vai marcar história. Quebrar é um fato que acontece", disse Douglas de Húngaro, um dos diretores da Gaviões.
A Gaviões da Fiel foi a quinta a desfilar hoje em São Paulo. A escola, que já foi quatro vezes campeã do Carnaval de São Paulo, está tentando seu terceiro título consecutivo. Com a perda dos pontos é pouco provável que a escola consiga ganhar o campeonato em 2004.
Homenagem
O primeiro dia dos desfiles, que neste ano tem obrigatoriamente como tema a cidade de São Paulo, pela comemoração aos 450 anos, foi marcado por homenagens à tradição gastronômica da cidade.
Três escolas --Águia de Ouro, Acadêmicos do Tucuruvi e X-9 Paulistana-- trouxeram enredos sobre alimentação na cidade --ou falta dela, no caso da escola de Tucuruvi, que falou sobre a abundância do Ceagesp e do combate à fome.
A Águia de Ouro levou para a avenida os 450 anos da gastronomia da cidade e teve como destaque principal a apresentadora Ana Maria Braga, conhecida pelas dicas de culinária de seu programa diário.
Já a X-9, primeira escola a desfilar com o dia claro, exibiu pratos cotidianos do paulistano, como "peru à Califórnia" e "pastel de feira".
São Paulo
A escola de samba Acadêmicos do Tatuapé, que retornou após 28 anos ao Grupo Especial, foi a segunda escola a desfilar. A escola teve como enredo a origem do bairro, cujo nome significa "caminho do tatu" em língua indígena.
A Unidos de Vila Maria prestou homenagem aos 450 anos de São Paulo falando dos povos de outras regiões do país que ajudaram a construir a cidade.
Já a Camisa Verde e Branco comemorou seus 50 anos na avenida com o enredo que fala sobre a história da escola, que fica no bairro da Barra Funda.
Ocorrências
O desfile não teve registro de ocorrências policiais graves. Conforme informações da delegacia montada perto do sambódromo, foram feitos seis boletins de ocorrência, entre eles, embriaguez e furto do toca-fitas de um carro que estava estacionado na região. Ninguém foi preso.
Já os médicos tiveram trabalho durante o Carnaval. O posto de emergência do local atendeu 93 casos, a maioria por queda de pressão e dor de cabeça.
Mais festa
A segunda noite de desfile será de polêmica. No sambódromo, haverá um enredo sobre fé, uma santa em carro alegórico e casais simulando sexo.
A festa começa com a Barroca Zona Sul, que desfila, a partir das 22h deste sábado. "Não quero problemas com a Igreja Católica. Não vou representar nada que seja específico de uma religião. Quero apenas mostrar a diversidade de crenças que convivem em São Paulo", disse o carnavalesco Augusto de Oliveira. A escola de samba recebeu até ofício da Cúria Metropolitana, representante dos católicos, pedindo explicações sobre o enredo.
Exatamente para evitar esse tipo de pressão, a Vai-Vai, a quarta escola a desfilar, escondeu o seu maior segredo.
Uma imagem de Nossa Senhora Achiropita --símbolo religioso do Bexiga, bairro onde a Vai-Vai nasceu-- fará parte do terceiro carro alegórico da escola. A imagem sairá de dentro de uma igreja, mas só durante o desfile. "Posso terminar a apresentação preso, mas não vou deixar de fazer a surpresa", conta o carnavalesco da escola, Lane Santana.
Em minutos, o Anhembi viajará do sagrado ao profano. Logo depois da Vai-Vai, entrará em cena a Leandro de Itaquera e suas armas mundanas para conquistar o público. Num único carro alegórico, a escola reunirá oito casais seminus simulando sexo.
"Vamos resgatar o nu com muita categoria", garante o carnavalesco Anderson Paulino. Na escola, estará a atriz Thais Araújo, a Preta de "Da Cor do Pecado".
Com Agora
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice