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26/02/2004 - 18h32

Zoológico de SP confirma morte de 56 animais por envenenamento

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CARLOS FERREIRA
da Folha Online

A direção do Zoológico de São Paulo informou na tarde desta quinta-feira que ao menos 56 animais morreram envenenados desde o dia 24 de janeiro. Porém, neste período, cerca de cem animais foram encontrados mortos no parque.

Exames realizados nos 56 animais apontaram o fluoracetato de sódio --substância proibida no país-- como a causa da morte. Há a suspeita de que outros cinco animais, que ainda não passaram por perícia, tenham sido envenenados. Os exames foram realizados no Centro de Toxicologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu.

Dos animais envenenados, 43 --sendo 37 porcos-espinhos-- não estavam em exposição ao público, mas em uma área restrita do parque, o que eleva a suspeita de que funcionários teriam provocado as mortes.

A suspeita de envenenamento acidental foi descartada pelo zôo, já que acreditava-se que a contaminação teria ocorrido pela desratização do parque. "Mas as armadilhas [para ratos] foram retiradas no dia 6 de fevereiro. Depois disso, houve mortes", disse Paulo Bressan, diretor da Fundação Parque Zoológico.

A direção do zôo acredita que outros animais também ingeriram o veneno. Se isso aconteceu, eles morrerão nos próximos dias, já que não há antídoto para o fluoracetato de sódio. É o caso de seis porcos-espinhos que estavam no mesmo recinto dos outros que já morreram.

Quinze funcionários do parque da área de alimentação foram afastados pela direção. "Eles não foram afastados por suspeita, mas para que o sistema de segurança fosse refeito. Eles estão em descanso remunerado", afirmou Bressan.

Polícia

A polícia não acredita em envenenamento acidental e já ouviu 25 pessoas sobre o caso. De acordo com o delegado Clóvis Ferreira de Araújo, chefe da unidade de inteligência do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), 40 pessoas são consideradas suspeitas. Cinco delas estão sendo investigadas "com mais ênfase", segundo ele.

"Nossa impressão é que houve um atentado no parque. Temos uma linha de trabalho, mas não podemos dizer qual, por enquanto, para não interferir nas investigações", afirmou.

Segundo o delegado, uma das hipóteses é a de que o veneno tenha sido colocado na comida dos animais ainda no preparo. A outra linha de investigação considerada que alguém tenha ministrado o veneno dentro dos recintos dos animais.

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