Publicidade
Publicidade
01/03/2004
-
20h30
da Folha Online
Ao menos 61 animais morreram envenenados no Zoológico de São Paulo desde o dia 24 de janeiro. Porém, neste período, cerca de cem animais foram encontrados mortos no parque.
Para a polícia, a hipótese de envenenamento acidental é remota. O delegado Clóvis Ferreira de Araújo, chefe da unidade de inteligência do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), fechou o cerco em oito suspeitos e disse que se trataria de um "atentado ao zoológico".
Resultados de exames realizados em 56 animais e divulgados no final de fevereiro apontaram o fluoracetato de sódio --substância proibida no país-- como a causa da morte. Depois do anúncio dos resultados, mais cinco porcos-espinhos que eram considerados intoxicados pelo veneno morreram.
Nesta semana, a Polícia Federal entrou no caso para tentar solucionar o mistério dos envenenamentos dos animais.
Segundo o porta-voz da PF, delegado Wagner Castilho, a PF realizará uma investigação paralela à que é realizada pela Polícia Civil. Os trabalhos estarão a cargo da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico.
Mortes
Dos 61 animais mortos, 48 não estavam em recintos de exposição, ou seja, estavam afastados do público que visita o parque.
Morreram três chimpanzés, três antas, quatro dromedários, uma elefanta, um bisão, um orangotango, dois macacos caiarara, quatro micos-leões-dourados e 42 porcos-espinhos.
Um macaco-de-cheiro, outros dois micos-leões-dourados, um tamanduá-mirim e um outro dromedário também podem ter sido envenenados. Estes animais ainda não foram submetidos a exames.
O zoológico acredita que outro porco-espinho que estava com os outros que já morreram também ingeriu o veneno e deve morrer nos próximos dias.
Fluoracetato
O fluoracetato de sódio é um veneno altamente letal, usado em raticidas, e tem a comercialização proibida no país.
Segundo José Luiz Catão Dias, diretor técnico-científico do zoológico, o veneno age dentro das células, principalmente do coração, impedindo que elas respirem. "O animal acaba morrendo por falência múltipla dos órgãos", disse.
Não há antídoto para neutralizar o veneno e, por isso, a morte dos animais ocorre entre 30 minutos e 6 horas após a ingestão. "Porém, há casos sabidos de animais que sobrevivem até 12 dias", afirmou o diretor.
Dias disse ainda que alguns animais são mais sensíveis ao veneno do que outros. Peixes, por exemplo, não são mortos pelo fluoracetato.
Entenda o caso das mortes no Zoológico de São Paulo
Publicidade
Ao menos 61 animais morreram envenenados no Zoológico de São Paulo desde o dia 24 de janeiro. Porém, neste período, cerca de cem animais foram encontrados mortos no parque.
Para a polícia, a hipótese de envenenamento acidental é remota. O delegado Clóvis Ferreira de Araújo, chefe da unidade de inteligência do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), fechou o cerco em oito suspeitos e disse que se trataria de um "atentado ao zoológico".
Resultados de exames realizados em 56 animais e divulgados no final de fevereiro apontaram o fluoracetato de sódio --substância proibida no país-- como a causa da morte. Depois do anúncio dos resultados, mais cinco porcos-espinhos que eram considerados intoxicados pelo veneno morreram.
Nesta semana, a Polícia Federal entrou no caso para tentar solucionar o mistério dos envenenamentos dos animais.
Segundo o porta-voz da PF, delegado Wagner Castilho, a PF realizará uma investigação paralela à que é realizada pela Polícia Civil. Os trabalhos estarão a cargo da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico.
Mortes
Dos 61 animais mortos, 48 não estavam em recintos de exposição, ou seja, estavam afastados do público que visita o parque.
Morreram três chimpanzés, três antas, quatro dromedários, uma elefanta, um bisão, um orangotango, dois macacos caiarara, quatro micos-leões-dourados e 42 porcos-espinhos.
Um macaco-de-cheiro, outros dois micos-leões-dourados, um tamanduá-mirim e um outro dromedário também podem ter sido envenenados. Estes animais ainda não foram submetidos a exames.
O zoológico acredita que outro porco-espinho que estava com os outros que já morreram também ingeriu o veneno e deve morrer nos próximos dias.
Fluoracetato
O fluoracetato de sódio é um veneno altamente letal, usado em raticidas, e tem a comercialização proibida no país.
Segundo José Luiz Catão Dias, diretor técnico-científico do zoológico, o veneno age dentro das células, principalmente do coração, impedindo que elas respirem. "O animal acaba morrendo por falência múltipla dos órgãos", disse.
Não há antídoto para neutralizar o veneno e, por isso, a morte dos animais ocorre entre 30 minutos e 6 horas após a ingestão. "Porém, há casos sabidos de animais que sobrevivem até 12 dias", afirmou o diretor.
Dias disse ainda que alguns animais são mais sensíveis ao veneno do que outros. Peixes, por exemplo, não são mortos pelo fluoracetato.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice