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07/03/2004
-
05h21
da Folha de S.Paulo, no Rio
Entre prédios históricos e casas de samba, entre bares e antiquários, o palacete Bragança fica no largo da Lapa, bairro boêmio do centro do Rio.
Reduto da malandragem nos anos 40 e 50, o bairro virou destino certo dos notívagos cariocas. Amantes do samba e do hip hop, moderninhos, travestis, prostitutas, turistas, descolados da zona sul, todas as tribos se misturam nas ruas da Lapa.
Bares e restaurantes se espalham pela rua do Lavradio e a avenida Mem de Sá. No primeiro sábado de cada mês, há uma feira de antigüidades na rua do Lavradio.
No meio do largo da Lapa, o palacete Bragança, iluminado pelas luzes dos Arcos (antigo aqueduto sobre o qual passa a linha do bonde), chama a atenção pela beleza e pelo abandono, pelos varais de roupa e pelas plantas nas sacadas.
De um lado, ficam a Escola de Música da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a sala Cecília Meirelles. Do outro, há um sobrado do qual só resta a fachada e o MIS (Museu da Imagem e do Som). Nas ruas próximas, há outros casarões do final do século 19 ou início do século 20. Dos 3.000 imóveis do corredor cultural, 1.600 são preservados, ou seja, mantendo as características originais de fachadas e telhados.
O Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) planeja recuperar em breve o prédio do MIS e dois sobrados na rua Mem de Sá cedidos a projetos culturais.
O responsável pelo projeto do Distrito Cultural da Lapa do Inepac, Roberto Anderson Magalhães, disse que o dono do palacete será chamado para dar informações sobre o projeto do clube.
A coordenadora do corredor cultural, Maria Helena McLaren Moreira Maia, diz que é grande a preocupação com o mau estado de conservação do palacete e que o proprietário foi notificado.
"Se cair, ele tem reconstruir tal e qual era", afirma. Ela disse esperar que seja encontrada uma solução, seja mantendo os moradores, seja criando o clube --desde que haja a recuperação.
A presidente da Amac (Associação de Moradores e Amigos do Centro), Bernadete Santos, diz esperar que o caso seja solucionado. "A gente não quer tirar o direito de ninguém, mas quer que o prédio seja recuperado", afirma ela.
Corredor da Lapa atrai sambistas e jovens
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Entre prédios históricos e casas de samba, entre bares e antiquários, o palacete Bragança fica no largo da Lapa, bairro boêmio do centro do Rio.
Reduto da malandragem nos anos 40 e 50, o bairro virou destino certo dos notívagos cariocas. Amantes do samba e do hip hop, moderninhos, travestis, prostitutas, turistas, descolados da zona sul, todas as tribos se misturam nas ruas da Lapa.
Bares e restaurantes se espalham pela rua do Lavradio e a avenida Mem de Sá. No primeiro sábado de cada mês, há uma feira de antigüidades na rua do Lavradio.
No meio do largo da Lapa, o palacete Bragança, iluminado pelas luzes dos Arcos (antigo aqueduto sobre o qual passa a linha do bonde), chama a atenção pela beleza e pelo abandono, pelos varais de roupa e pelas plantas nas sacadas.
De um lado, ficam a Escola de Música da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a sala Cecília Meirelles. Do outro, há um sobrado do qual só resta a fachada e o MIS (Museu da Imagem e do Som). Nas ruas próximas, há outros casarões do final do século 19 ou início do século 20. Dos 3.000 imóveis do corredor cultural, 1.600 são preservados, ou seja, mantendo as características originais de fachadas e telhados.
O Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) planeja recuperar em breve o prédio do MIS e dois sobrados na rua Mem de Sá cedidos a projetos culturais.
O responsável pelo projeto do Distrito Cultural da Lapa do Inepac, Roberto Anderson Magalhães, disse que o dono do palacete será chamado para dar informações sobre o projeto do clube.
A coordenadora do corredor cultural, Maria Helena McLaren Moreira Maia, diz que é grande a preocupação com o mau estado de conservação do palacete e que o proprietário foi notificado.
"Se cair, ele tem reconstruir tal e qual era", afirma. Ela disse esperar que seja encontrada uma solução, seja mantendo os moradores, seja criando o clube --desde que haja a recuperação.
A presidente da Amac (Associação de Moradores e Amigos do Centro), Bernadete Santos, diz esperar que o caso seja solucionado. "A gente não quer tirar o direito de ninguém, mas quer que o prédio seja recuperado", afirma ela.
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