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10/03/2004 - 03h10

Zôo tem mais quatro casos suspeitos

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ISABELLE MOREIRA LIMA
da Folha de S.Paulo

Apesar de a polícia investigar há mais de um mês (desde o dia 31 de janeiro) as mortes de 62 animais no Zoológico de São Paulo, a diretoria da fundação afirmou ontem suspeitar que mais quatro animais tenham sido vítimas de envenenamento.

A informação foi dada pelo diretor científico do zôo, José Luiz Catão Dias, depois de uma reunião com as comissões de Meio Ambiente, de Segurança Pública e de Esporte e Turismo da Assembléia Legislativa.

Os possíveis contaminados são dois tamanduás, um sagüi de mão dourada e um mico-leão-dourado. Eles fazem parte de um grupo de nove animais mortos entre os dias 1º e 7 de março.

Desde o último sábado até anteontem, foram confirmadas mais seis mortes por contaminação do raticida monofluoracetato de sódio, que é proibido no Brasil, totalizando 62 laudos.

O Instituto de Criminalística, no entanto, ainda deve à polícia, além dos resultados de nove mortes, outros cinco laudos.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Clóvis Ferreira de Araújo, as investigações não serão concluídas até a divulgação dos laudos. Ele diz, no entanto, que já há um grupo de dez suspeitos. "Uma única pessoa não poderia ter cometido esse delito. Mais de uma pessoa adepta de idéia e vontade agiram juntas", completa.

Araújo afirmou ainda que já tem idéia dos motivos que levaram os suspeitos a cometer o crime. "Eu não posso revelar por enquanto porque são motivos identificativos, são de ordem subjetiva e, se eu revelasse neste instante, as pessoas investigadas saberiam."

O presidente do Conselho Superior do parque, Paulo Bressan, não acredita na tese de vingança contra a diretoria do zôo. "Não acredito na tese porque, da forma como a diretoria do zoológico é escolhida, isso não leva a nada. As pessoas sabem disso."

O presidente da Comissão de Segurança Pública, o deputado Romeu Tuma Júnior (PPS), criticou o andamento das investigações e o afastamento da delegacia de meio ambiente do caso e disse acreditar na existência de uma "ação política para desestabilizar algum setor do zoológico".

Tuma descartou a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), mas afirmou que o Instituto de Criminalística será oficiado hoje e que vai propor a criação de uma comissão para acompanhar as investigações.
 

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