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13/03/2004
-
10h00
LÍVIA MARRA
CARLOS FERREIRA
da Folha Online
Passado um ano do assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo), Antonio José Machado Dias, um dos três acusados de envolvimento direto no crime permanece foragido.
O juiz foi assassinado em 14 de março de 2003, por volta das 18h30, pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente. Ele foi baleado após seu carro ser fechado por dois outros veículos. Um deles --um Uno-- foi abandonado nas proximidades.
Dias era responsável por conceder ou negar benefícios para presos da região. Entre eles, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele era considerado um juiz sério e duro ao julgar pedidos dos presos.
Ao anunciar as prisões dos acusados, no ano passado, a Polícia Civil afirmou que o crime fora encomendado por integrantes do PCC.
A juíza Cristina Escher, viúva do juiz-corregedor, trabalha no Estado, mas não concede entrevistas, segundo o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo.
A família marcou para o próximo domingo, às 10h30, uma missa na igreja de Santo Ivo, no largo da Batalha, em Moema (zona sul de SP), em memória de Dias.
Acusados
Adilson Daghia, conhecido como Di, que teria conduzido um dos dois carros utilizados na ação, permanece foragido, segundo a Polícia Civil.
Acusado de ser o autor dos disparos que mataram o juiz-corregedor, Reinaldo Teixeira dos Santos, conhecido como Funchal, foi preso em setembro do ano passado em Angra dos Reis, no Rio.
Outro acusado de envolvimento direto no crime, Ronaldo Dias, conhecido como Chocolate, foi preso no dia 7 de agosto na zona sul de São Paulo, após escapar de um cerco da polícia no litoral.
Quando foi preso, Chocolate afirmou que a ordem para matar o juiz partira do detento José Eduardo Moura da Silva, o Bandejão, antigo membro do PCC, assassinado em maio de 2003 no presídio de Iaras (282 km a noroeste de São Paulo).
Também foi preso João Carlos Rangel Luisi, 31, o Jonny, acusado de comprar o Fiat Uno usado na emboscada.
Os quatro foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe e emboscada. Eles podem pegar de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado. Todos devem ir a júri popular.
Segurança
A morte do juiz-corregedor levou preocupação aos magistrados. Muitos recorreram a cursos de defesa. Outros solicitaram escolta.
Segundo o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, as normas implantadas após o crime continuam em vigor: os prédios dos fóruns receberam detectores de metal e juízes-corregedores têm escolta. Outros juízes, que sentirem necessidade de escolta, também podem solicitar à presidência do tribunal. O número de juízes que contam com proteção, porém, não foi divulgado.
A Associação Paulista de Magistrados critica a insegurança que rodeia os juízes. "Não foi feita muita coisa", diz o presidente da associação, desembargador Celso Limonge, 62.
Após um ano, acusado por assassinato de juiz segue foragido
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CARLOS FERREIRA
da Folha Online
Passado um ano do assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo), Antonio José Machado Dias, um dos três acusados de envolvimento direto no crime permanece foragido.
O juiz foi assassinado em 14 de março de 2003, por volta das 18h30, pouco depois de deixar o fórum de Presidente Prudente. Ele foi baleado após seu carro ser fechado por dois outros veículos. Um deles --um Uno-- foi abandonado nas proximidades.
Dias era responsável por conceder ou negar benefícios para presos da região. Entre eles, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele era considerado um juiz sério e duro ao julgar pedidos dos presos.
Ao anunciar as prisões dos acusados, no ano passado, a Polícia Civil afirmou que o crime fora encomendado por integrantes do PCC.
Divulgação |
O juiz Antonio José Machado Dias |
A família marcou para o próximo domingo, às 10h30, uma missa na igreja de Santo Ivo, no largo da Batalha, em Moema (zona sul de SP), em memória de Dias.
Acusados
Adilson Daghia, conhecido como Di, que teria conduzido um dos dois carros utilizados na ação, permanece foragido, segundo a Polícia Civil.
Acusado de ser o autor dos disparos que mataram o juiz-corregedor, Reinaldo Teixeira dos Santos, conhecido como Funchal, foi preso em setembro do ano passado em Angra dos Reis, no Rio.
Outro acusado de envolvimento direto no crime, Ronaldo Dias, conhecido como Chocolate, foi preso no dia 7 de agosto na zona sul de São Paulo, após escapar de um cerco da polícia no litoral.
Quando foi preso, Chocolate afirmou que a ordem para matar o juiz partira do detento José Eduardo Moura da Silva, o Bandejão, antigo membro do PCC, assassinado em maio de 2003 no presídio de Iaras (282 km a noroeste de São Paulo).
Também foi preso João Carlos Rangel Luisi, 31, o Jonny, acusado de comprar o Fiat Uno usado na emboscada.
Os quatro foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe e emboscada. Eles podem pegar de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado. Todos devem ir a júri popular.
Segurança
A morte do juiz-corregedor levou preocupação aos magistrados. Muitos recorreram a cursos de defesa. Outros solicitaram escolta.
Segundo o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, as normas implantadas após o crime continuam em vigor: os prédios dos fóruns receberam detectores de metal e juízes-corregedores têm escolta. Outros juízes, que sentirem necessidade de escolta, também podem solicitar à presidência do tribunal. O número de juízes que contam com proteção, porém, não foi divulgado.
A Associação Paulista de Magistrados critica a insegurança que rodeia os juízes. "Não foi feita muita coisa", diz o presidente da associação, desembargador Celso Limonge, 62.
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