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13/03/2004 - 08h11

Especialistas cobram controle de consumo de água

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

No seu plano, a Sabesp fez o que sabe fazer de melhor: programar obras. Esqueceu-se, porém, de dizer como reduzir consumo e perdas e aumentar o reúso e deixou de lado o custo ambiental dos empreendimentos. É essa a opinião de especialistas que assistiram à apresentação do documento na Agência da Bacia do Alto Tietê.

Os pontos positivos foram a economia nos gastos e a definição de prioridades; entre os negativos está a falta de sintonia com os planos diretores municipais.

"O plano é bem razoável", disse Marussia Whately, pesquisadora de recursos hídricos do ISA (Instituto Socioambiental). Para ela, faltou detalhar que instância vai fazer o que para se chegar ao cenário de menor demanda. O fato de os gastos não serem "absurdos" torna o plano factível, disse.

"A primeira impressão foi boa", afirmou Júlio Cerqueira César Neto, presidente da agência de bacia. Segundo ele, a entidade vai avaliar o plano com mais detalhe.

Para Rubens Born, do Instituto Vitae Civilis, ainda falta à Sabesp incluir nos cálculos das obras, por um lado, os custos ambientais de inundação de áreas para represas e, do outro, se não compensaria priorizar a preservação e recuperação de mananciais em uso, levando em conta benefícios como ter uma água onde se possa nadar.

"Esse é o diferencial que se espera de uma empresa pública de saneamento", defendeu Born.

Já André Castro, coordenador na Prefeitura de São Paulo do grupo que elaborou a lei que dá o controle do saneamento ao município (suspensa pela Justiça), o principal problema será de onde tirar o dinheiro para o plano.

O presidente da Sabesp, Dalmo Nogueira do Valle, diz que a empresa estuda alternativas para a redução do consumo e está aberta a incluir no plano diretor contribuições da sociedade. Afirma ainda que a Sabesp é independente do Tesouro estadual e que, por ter boa "saúde" financeira, obtém empréstimos de outras fontes.
 

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