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15/03/2004
-
19h58
da Folha Online
O diretor de Gás e Energia da Shell, Todd Staheli, 39, e sua mulher, Michelle, 36, morreram após serem golpeados, no dia 30 de novembro de 2003, em casa, no condomínio Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Staheli morreu no próprio dia 30. Michelle ficou internada em coma profundo e morreu na manhã do dia 4 de dezembro no hospital Copa D'Or. O casal, de nacionalidade norte-americana, mudou-se para o Brasil havia apenas três meses, com os quatro filhos: três meninas --de 13, 8 e 3 anos-- e um menino de 10 anos.
O casal foi encontrado na cama, na manhã de domingo, pelo filho, que entrou no quarto atraído pelo despertador que não parava de tocar.
Staheli e Michelle foram atingidos por um objeto cortante, provavelmente uma machadinha, uma enxada ou uma tesoura de jardineiro, segundo a polícia. Nada foi roubado na casa e os portões não foram arrombados. A polícia também não encontrou vestígio de sangue pela residência, mesmo depois de usar luminol, substância capaz de revelar sinais de sangue após o lugar ser lavado.
Filhos
Policiais da Delegacia de Homicídios consideraram a filha mais velha como a principal testemunha do caso. Ela teria sido a última pessoa da casa a ir dormir na noite anterior ao crime.
Os dois filhos mais velhos de Michelle e Staheli --de 10 e de 13 anos-- e um casal de amigos americanos que prestou assistência às crianças após o crime foram obrigados pela Justiça a permanecer no país para que prestassem depoimento.
Os quatro filhos do casal retornaram para os Estados Unidos no dia 11 de dezembro, após a polícia realizar a reconstituição do crime.
Uma machadinha encontrada na casa foi periciada pela polícia. Tanto a perícia quanto a contraprova realizadas com luminol (substância que detecta vestígios de sangue não aparentes a olho nu) deram negativo.
Investigação
O secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, chegou a sugerir a possível participação de familiares no crime.
"O criminoso conhecia em detalhes a própria casa", disse Garotinho. Depois, o secretário voltou atrás e disse que a única hipótese descartada para o crime é a de latrocínio (roubo seguido de morte).
Especialistas em DNA da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) encontraram sob uma unha da mão direita de Michelle material genético (células que podem ser de pele ou de sangue, por exemplo) de um homem, o que pode ajudar a identificar o assassino.
O motorista da família, Sebastião Moura, e um segurança do condomínio onde morava o casal foram submetidos a exames de DNA feitos a partir de material recolhido na unha de Michelle. Os resultados deram resultado negativo, ou seja, o material encontrado na unha da vítima não era do motorista ou do segurança.
Os exames de DNA foram solicitados após a polícia encontrar marcas de sangue no carro de Moura. No entanto, segundo o Ministério Público do Rio, o material encontrado no volante e no câmbio do carro e em um guardanapo que estava em uma lixeira no veículo é do próprio motorista.
Em fevereiro, a Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico de 14 linhas de suspeitos de envolvimento no assassinato a pedido do Ministério Público Estadual.
Uma das linhas de investigação aponta que pedreiros que trabalhavam na casa das vítimas teriam sido contratados por um ex-colega de trabalho de Staheli para matar o casal.
Entenda o caso sobre a morte do casal Staheli
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O diretor de Gás e Energia da Shell, Todd Staheli, 39, e sua mulher, Michelle, 36, morreram após serem golpeados, no dia 30 de novembro de 2003, em casa, no condomínio Porto dos Cabritos, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Staheli morreu no próprio dia 30. Michelle ficou internada em coma profundo e morreu na manhã do dia 4 de dezembro no hospital Copa D'Or. O casal, de nacionalidade norte-americana, mudou-se para o Brasil havia apenas três meses, com os quatro filhos: três meninas --de 13, 8 e 3 anos-- e um menino de 10 anos.
O casal foi encontrado na cama, na manhã de domingo, pelo filho, que entrou no quarto atraído pelo despertador que não parava de tocar.
Staheli e Michelle foram atingidos por um objeto cortante, provavelmente uma machadinha, uma enxada ou uma tesoura de jardineiro, segundo a polícia. Nada foi roubado na casa e os portões não foram arrombados. A polícia também não encontrou vestígio de sangue pela residência, mesmo depois de usar luminol, substância capaz de revelar sinais de sangue após o lugar ser lavado.
Filhos
Policiais da Delegacia de Homicídios consideraram a filha mais velha como a principal testemunha do caso. Ela teria sido a última pessoa da casa a ir dormir na noite anterior ao crime.
Os dois filhos mais velhos de Michelle e Staheli --de 10 e de 13 anos-- e um casal de amigos americanos que prestou assistência às crianças após o crime foram obrigados pela Justiça a permanecer no país para que prestassem depoimento.
Os quatro filhos do casal retornaram para os Estados Unidos no dia 11 de dezembro, após a polícia realizar a reconstituição do crime.
Uma machadinha encontrada na casa foi periciada pela polícia. Tanto a perícia quanto a contraprova realizadas com luminol (substância que detecta vestígios de sangue não aparentes a olho nu) deram negativo.
Investigação
O secretário da Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, chegou a sugerir a possível participação de familiares no crime.
"O criminoso conhecia em detalhes a própria casa", disse Garotinho. Depois, o secretário voltou atrás e disse que a única hipótese descartada para o crime é a de latrocínio (roubo seguido de morte).
Especialistas em DNA da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) encontraram sob uma unha da mão direita de Michelle material genético (células que podem ser de pele ou de sangue, por exemplo) de um homem, o que pode ajudar a identificar o assassino.
O motorista da família, Sebastião Moura, e um segurança do condomínio onde morava o casal foram submetidos a exames de DNA feitos a partir de material recolhido na unha de Michelle. Os resultados deram resultado negativo, ou seja, o material encontrado na unha da vítima não era do motorista ou do segurança.
Os exames de DNA foram solicitados após a polícia encontrar marcas de sangue no carro de Moura. No entanto, segundo o Ministério Público do Rio, o material encontrado no volante e no câmbio do carro e em um guardanapo que estava em uma lixeira no veículo é do próprio motorista.
Em fevereiro, a Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico de 14 linhas de suspeitos de envolvimento no assassinato a pedido do Ministério Público Estadual.
Uma das linhas de investigação aponta que pedreiros que trabalhavam na casa das vítimas teriam sido contratados por um ex-colega de trabalho de Staheli para matar o casal.
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