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18/03/2004
-
08h43
da Folha de S.Paulo
Com a filha de 11 meses no colo, a empregada doméstica Ana Rita Monteiro Santos, 28, parece uma equilibrista numa das passarelas da avenida do Estado, em São Paulo, que passam por cima das obras do Fura-Fila.
Ela pisa na estrutura de madeira sem muita força, com medo de que possa ceder. Ao descer os degraus desnivelados, que balançam a cada pisada, ela se apóia em arames, já que não há corrimão.
"Morro de medo de cair. Venho aqui apenas porque não há outro jeito", afirma ela, que, morando no Cambuci, atravessa a passarela quatro vezes por dia, para levar os filhos à escola e para buscá-lo.
Na mesma avenida do Estado, há mais duas passarelas em condições parecidas. E a precariedade se repete em outros cantos da capital paulista, como na travessia que dá acesso ao aeroporto de Congonhas, na zona sul.
Segundo a Secretaria das Subprefeituras, embora não haja um cadastramento oficial, há em São Paulo em torno de 70 passarelas --três das quais foram construídas na gestão Marta Suplicy (PT).
O custo médio estimado pela própria pasta para reformá-las seria de R$ 15 mil para cada uma --ou seja, cerca de R$ 1 milhão no total, 0,3% da verba arrecadada anualmente com multas de trânsito na capital paulista.
Mesmo se decidisse erguer 70 passarelas novas e mais modernas, a prefeitura não gastaria nem 12% da receita dessas infrações.
A falta de manutenção dessas estruturas estimula pedestres a arriscar a travessia no meio das avenidas. Especialistas dizem que é preciso criar condições favoráveis para que eles sejam estimulados a usar as passarelas, deixando-as seguras e bem iluminadas.
A cidade de São Paulo registra diariamente mais de 20 atropelamentos --e, a cada dois dias, três pessoas morrem nessas situações.
A Secretaria das Subprefeituras diz que as passarelas da avenida do Estado serão substituídas por estruturas de concreto após a conclusão do Fura-Fila. A pasta alega falta de recursos para os demais investimentos. Ela não sabe dizer quanto gastou com reformas por não haver projeto específico.
Passarelas estão abandonadas em São Paulo
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Com a filha de 11 meses no colo, a empregada doméstica Ana Rita Monteiro Santos, 28, parece uma equilibrista numa das passarelas da avenida do Estado, em São Paulo, que passam por cima das obras do Fura-Fila.
Ela pisa na estrutura de madeira sem muita força, com medo de que possa ceder. Ao descer os degraus desnivelados, que balançam a cada pisada, ela se apóia em arames, já que não há corrimão.
"Morro de medo de cair. Venho aqui apenas porque não há outro jeito", afirma ela, que, morando no Cambuci, atravessa a passarela quatro vezes por dia, para levar os filhos à escola e para buscá-lo.
Na mesma avenida do Estado, há mais duas passarelas em condições parecidas. E a precariedade se repete em outros cantos da capital paulista, como na travessia que dá acesso ao aeroporto de Congonhas, na zona sul.
Segundo a Secretaria das Subprefeituras, embora não haja um cadastramento oficial, há em São Paulo em torno de 70 passarelas --três das quais foram construídas na gestão Marta Suplicy (PT).
O custo médio estimado pela própria pasta para reformá-las seria de R$ 15 mil para cada uma --ou seja, cerca de R$ 1 milhão no total, 0,3% da verba arrecadada anualmente com multas de trânsito na capital paulista.
Mesmo se decidisse erguer 70 passarelas novas e mais modernas, a prefeitura não gastaria nem 12% da receita dessas infrações.
A falta de manutenção dessas estruturas estimula pedestres a arriscar a travessia no meio das avenidas. Especialistas dizem que é preciso criar condições favoráveis para que eles sejam estimulados a usar as passarelas, deixando-as seguras e bem iluminadas.
A cidade de São Paulo registra diariamente mais de 20 atropelamentos --e, a cada dois dias, três pessoas morrem nessas situações.
A Secretaria das Subprefeituras diz que as passarelas da avenida do Estado serão substituídas por estruturas de concreto após a conclusão do Fura-Fila. A pasta alega falta de recursos para os demais investimentos. Ela não sabe dizer quanto gastou com reformas por não haver projeto específico.
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